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São Paulo, quarta-feira, 24 de setembro de 2003

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PAINEL

Corte na fiscalização
O ajuste fiscal já afeta o combate à corrupção. Em função do aperto financeiro, Waldir Pires (Controladoria Geral) terá de rever suas metas de fiscalização. Em 2004, investigará as contas de no máximo 600 municípios. A previsão era de atuar em 800.

Vagas encolhidas
As contratações de novos fiscais também foram revistas pela Controladoria Geral da União. Das 800 novas vagas previstas, apenas 300 serão abertas em concurso em 2004. Hoje, a pasta dispõe de 1.400 funcionários para um total 5,2 mil cidades com até 300 mil habitantes no país.

Afagos no plenário
José Sarney (PMDB-AP) abriu a sessão de ontem no Senado, que discutiria o Estatuto do Idoso, dizendo que aquela era uma "votação em causa própria". Sérgio Cabral (PMDB-RJ) apressou-se em agradar ao presidente da Casa: "O que é isso? O senhor ainda é uma criança".

Não é brinquedo, não
Mercadante (PT), líder do governo no Senado, encaminhou ontem duas votações em desacordo com o parecer do Planalto, em comissão da Casa. Os projetos foram aprovados por unanimidade. O primeiro prevê aumento de imposto para brinquedo que incentiva a violência.

Teste de fidelidade
A segunda proposta, de Sarney (AP), cria área de incentivos para indústrias de exportação no Amapá. Mercadante leu o parecer oficial, que aponta desrespeito ao acordo do Mercosul, mas disse não ter "condições políticas" de encaminhar contra projeto do presidente da Casa.

Briga de cacique
Novo presidente da Funai, Mércio Gomes pediu a cabeça do diretor do Museu do Índio, José Levinho, petista que se manteve no cargo durante os oito anos da gestão tucana. Thomaz Bastos (Justiça) tem boa avaliação sobre o órgão e reluta em autorizar a substituição.

Sem transgênicos
O MST prepara hoje invasões a prédios públicos em Brasília, caso o governo libere a safra 2003/2004 de soja transgênica.

Solidariedade sindical
Luiz Marinho (CUT), Paulinho (Força Sindical) e dirigentes de outras três centrais visitarão Zé Rainha na sexta, preso em SP.

Macarronada chique
Por sugestão de diplomatas, Lula jantou na segunda em Nova York no restaurante Felidia (comida italiana moderna). Gilberto Gil o acompanhou. Marcelo Déda, prefeito de Aracaju, insistiu com o ministro para que forme uma parceria com Lula.

Melô da jabuticaba
Segundo Déda, Lula daria um ótimo letrista para as músicas de Gil. "Adora as metáforas", disse, em referência aos discursos do presidente. Só há um problema, lembrou um petista depois: Lula, no rádio e nos discursos, gosta mesmo é de música sertaneja.

Efeito dominó
A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara deverá aprovar hoje requerimento de Ivan Valente convocando Gugu.

Efeito Gugu
Hélio Bicudo, vice-prefeito de São Paulo, deverá passar a circular em carro blindado.

Visitas à Folha
Luiz Carlos Bresser Pereira, editor da "Revista de Economia Política" e professor de economia e teoria política da Fundação Getúlio Vargas, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço.
 
Antonio Ermírio de Moraes, presidente do Grupo Votorantim, visitou ontem a Folha.
 
Rosana Chiavassa, conselheira federal da OAB e primeira candidata mulher à presidência da OAB-SP, visitou ontem a Folha. Estava acompanhada de Nicodemus Pessoa, consultor de comunicação.

TIROTEIO

De Professor Luizinho (PT), vice-líder do governo na Câmara, sobre a votação em segundo turno da reforma tributária:
-O PFL fará seu esperneio normal e irresponsável, mas tudo será aprovado. Afinal, não há mais nada a mudar no projeto.

CONTRAPONTO

Letra morta

Após reunião na última quinta-feira, na qual discutiram os preparativos para as eleições de 2004, ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) passaram a contar histórias sobre casos que analisaram nos últimos anos.
Carlos Velloso começou, então, a falar que, ultimamente, todos os processos que ele recebia tinham cerca de 30 laudas.
-Os advogados têm dificuldade em sintetizar suas defesas. É difícil encontrar tempo para ler tudo isso- afirmou.
O ministro Peçanha Martins aproveitou a deixa para uma brincadeira:
-Devem fazer isso para matar a gente de tanto ler.
Olhando para os dois advogados que completavam a roda do TSE, Carlos Caputo e Luiz Madeira, Velloso ironizou:
-É por isso que eu não leio tudo que recebo. Eu não quero morrer...


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