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CRISE DO DOSSIÊ
PSDB e PFL marcam ato contra Lula na reta final
Estratégia é desgastar o petista e provocar 2º turno
SILVIO NAVARRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A uma semana da eleição
presidencial, PSDB e PFL apostam que o desdobramento da
crise do dossiê irá gerar o até
então improvável segundo turno ou, no mínimo, produzirá
munição suficiente para bombardear um segundo mandato
do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva tanto no âmbito judicial quanto no político.
A campanha tucana organizou o "Ato por um Brasil Decente" para amanhã, 25, em São
Paulo, para marcar a reta final.
A avaliação da oposição é que,
caso Lula vença, o escândalo do
dossiê desembocaria em uma
CPI logo no primeiro ano de governo. Outra possibilidade seria uma eventual denúncia criminal da Procuradoria Geral da
República capaz de criar ambiente político para um processo de impeachment.
A expectativa é a de que, nesse caso, diferentemente do inquérito do mensalão, a denúncia não pouparia o presidente.
"No final do inquérito policial,
cabe ao Ministério Público tomar a iniciativa [de denunciar],
como aconteceu no caso do
mensalão", afirma o presidente
do PFL, Jorge Bornhausen.
Congressistas ligados ao comando da campanha de Alckmin, que há dez dias já traçavam planos para recompor a
oposição no Senado, agora evitam falar em impeachment para massificar o discurso de que
a vitória de Lula está ameaçada.
"Essa questão de impeachment não é para agora. Temos a
oportunidade de tirar ele de lá
no voto", diz José Jorge (PE),
candidato a vice do PSDB.
"O presidente Lula perdeu as
condições morais de concorrer
à eleição. Ele não vai ganhar e
não tem condições de governar.
O voto é muito mais rápido que
o impeachment", disse o líder
da oposição na Câmara, José
Carlos Aleluia (PFL-BA).
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