São Paulo, domingo, 24 de setembro de 2006

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ELEIÇÕES 2006 / PARANÁ

Rasera não era meu assessor, diz Requião

Em entrevista à TV Globo, governador diz que Rasera é apenas mais um dos 20 mil agentes de polícia do Paraná

Em depoimento, Rasera afirmou que não atendia só a Mario Lobo, assessor de Requião, mas a qualquer solicitação de seu governo

DO ENVIADO ESPECIAL A CURITIBA

O governador licenciado do Paraná, Roberto Requião (PMDB), não se manifestou sobre as atividades de Delcio Rasera no governo nem sobre as verbas destinadas ao jornal "Hora H". Quando a reportagem esteve em Curitiba, na semana retrasada, o assessor especial Benedito Pires disse que Requião estava em campanha pelo interior e que seria difícil falar com ele. O repórter pediu que ligasse caso ele quisesse se posicionar, o que não foi feito.
"Mas ele já se manifestou sobre esse assunto desse pilantra", disse Pires. Em entrevista à TV Globo, o peemedebista declarou que Rasera deveria ser excluído do serviço público. "O problema do Rasera não é do Palácio. Ele é mais um dos 20 mil agentes de polícia que existem no Paraná. Ocupava um cargo de assessor na Casa Civil e nunca foi meu assessor."
Em depoimento à Promotoria, Rasera disse que "dava suporte a toda a estrutura de governo; que não atendia somente ao dr. Mario Lobo [assessor especial de Requião], mas a qualquer solicitação do governo". O advogado Marcos Aurélio D'Ávila, que defende o investigador, ironizou. "Talvez ele trabalhasse nisso [intermediando compras para o governo]. Ele era polivalente, né? Dizem que ele fazia tudo, tinha equipamento, grampeava. O homem era muito forte, né?"
Um dia antes, sem saber que a Folha tivera acesso à gravação de uma conversa de Rasera, D'Ávila disse ter certeza de que seu cliente nunca trabalhou para Requião nem fez atividade com fins políticos, mas não soube precisar qual a função dele no governo. "Ele fazia várias coisas, levava documentos de uma repartição para outra." O outro advogado, Luiz Fernando Comegno, tampouco soube esclarecer as atribuições do policial: "Acho que ele fazia coisas de recursos humanos".


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