DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A liderança do governo na Câmara dos Deputados prevê uma semana difícil para o objetivo de concluir o primeiro turno da votação da CPMF. O texto-base já foi aprovado, mas faltam os destaques (propostas de modificação do texto votadas em separado).
Na sexta-feira, a nomeação de dois petistas para a Petrobras surpreendeu os demais partidos que cobiçam cargos, como PP, PMDB e PR. Eles tinham a promessa de que nada sairia antes de concluída a votação da emenda.
"Pegou mal na base aliada a história da Petrobras. Não sei o que aconteceu para saírem cargos do PT e não os outros", disse o líder do governo na Câmara, José Múcio (PTB-PE).
Ele afirma que nessa semana não haverá nenhum novo cargo: o governo quer primeiro ver o comportamento da base aliada na votação dos destaques.
O PMDB reivindica a diretoria Internacional da Petrobras, e o PP quer manter a de Abastecimento. A irritação é particularmente grande entre os peemedebistas, que acusam quebra de confiança.
Líderes da base aliada dizem que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) atravessou as negociações para emplacar Maria das Graças Foster na diretoria de Gás e Energia. O petista José Eduardo Dutra ficou com a presidência da BR Distribuidora.
O líder do PP na Câmara, Mário Negromonte (BA), diz que o partido verá uma eventual saída de Paulo Roberto Costa da diretoria de Abastecimento como uma "derrota política". "Não há razão para que isso aconteça".
Luciano Castro (RR), líder do PR, disse que "discutir cargos numa hora dessas é um desastre".


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