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Tucano não explica por que promessa não foi cumprida
FLÁVIO FERREIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Na sabatina da Folha, Geraldo Alckmin não conseguiu explicar por que não cumpriu
promessas de campanha de expansão das linhas de metrô da
capital nas gestões estaduais
tucanas de 1999 a 2006. Até
2001, Alckmin ocupava o cargo
de vice e assumiu naquele ano,
depois da morte do então governador Mario Covas.
Durante a campanha para as
eleições de 1998, uma das promessas da chapa Covas-Alckmin era levar a rede de metrô
de São Paulo a ter 134 quilômetros de extensão.
Segundo a proposta, a administração do PSDB iria construir 32 novos quilômetros de
metrô e 47 quilômetros das linhas de trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) passariam a ter
os "padrões" dos trens subterrâneos. Assim, até o final do
mandato a capital teria 134 quilômetros com "qualidade" de
metrô, segundo os tucanos.
Porém, de 1999 a 2001, nenhum novo quilômetro de metrô foi inaugurado, e, de 2002 a
2006, apenas 10,8 quilômetros
foram entregues pelo governo
de Alckmin. Já as linhas da
CPTM da capital não atingiram, no período, os padrões de
metrô prometidos pelo PSDB.
Ao ser indagado sobre a meta
relativa ao metrô não cumprida, o tucano procurou contabilizar linhas e estações inauguradas e em construção, mas
não respondeu à questão sobre
os motivos de não ter realizado
a promessa de campanha.
"Vamos somar, você pega a
linha do metrô do Capão Redondo até o largo Treze, dá entorno de 9,5 quilômetros. Aí
você pega a linha 2, que são 4,5
quilômetros, já dá 14 quilômetros. Aí você pega o trem, nós
não investimos só no metrô,
mas no trem também. Deixamos quase pronta a linha Autódromo, Interlagos, Grajaú. A
CPTM não expandia ferrovia
em São Paulo havia décadas",
disse o candidato.
A exemplo do que ocorreu no
último debate da TV Bandeirantes, Alckmin também não
se saiu bem ao ser questionado
sobre as ondas de ataques da
facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) ocorridas no Estado em 2006.
O tucano limitou-se a dizer
que "enfrentou" a criminalidade durante a crise e não fez
considerações sobre a relação
entre a política de administração penitenciária da gestão dele e o fortalecimento da facção
no período do mandato tucano.
Alckmin também tropeçou
nos números ao responder a
pergunta sobre PCC. Disse que
o governo dele elevou a população carcerária de 50 mil para
150 mil. Porém, até 2006, fim
do mandato, havia cerca de 144
mil presidiários no Estado.
Colaboraram ANDRÉ CARAMANTE , da Reportagem Local, e RANIER BRAGON , em São Paulo
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