São Paulo, quinta-feira, 24 de setembro de 2009

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Agaciel volta ao Senado e evita acusar congressistas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Ao retomar no final da tarde de ontem sua rotina de funcionário do Senado depois de 14 anos como diretor-geral da Casa, Agaciel Maia se disse pronto para "voltar à planície" e negou ter recebido ou dado qualquer ordem ilegal enquanto esteve na diretoria.
Em entrevista coletiva, ele evitou comprometer qualquer senador, mas acabou dando um recado: disse que não teria nenhuma razão para esconder nada em ato secreto, porque nunca nomeou nem filho, nem irmão em cargo em comissão.
"Qual foi o pecado de Agaciel? Nomeou filho? Não. E tinha filho para nomear? Tinha. Nomeou irmão? Não. E podia nomear? Podia. Precisava? Até precisava, mas eu não fiz", disse.
Ele afirmou ainda não ser sua a responsabilidade de publicar os atos. "Pode ter acontecido falha, mas não ilegalidade". Questionado se o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), ou seu filho Fernando Sarney alguma vez lhe pediram favores, Agaciel negou.
No caso de Sarney, disse "não lembrar" se este lhe pediu para nomear o namorado de uma neta. "Um diretor geral assina, em média, 5.000 atos por ano. Em 14 anos, são 70 mil atos", desconversou. Logo depois, acrescentou: "nunca recebi pressão nenhuma".
Agaciel classificou de "nojenta" a especulação de que exibia vídeos pornôs em sala secreta no Senado. "Foi bem nojento aquele negócio, desproposital. Rapaz, tem tanto lugar para fazer isso".
Agaciel ficará lotado no Instituto Legislativo Brasileiro. Ele disse que se dedicará a pesquisa e "garimpagem" para um dicionário bibliográfico dos senadores que passaram pela Casa.


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