São Paulo, domingo, 24 de outubro de 2004

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ECOS DO REGIME

CNBB reage e pede abertura dos arquivos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Comissão de Justiça e Paz, ligada à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), divulgou ontem uma nota repudiando a tortura ocorrida no regime militar, relembrando o contexto histórico em que o padre Leopoldo d'Astous foi fotografado em 1973 e pedindo a abertura de arquivos da ditadura.
Representantes da comissão reconheceram o padre d'Astous em uma das três fotos divulgadas na semana passada. As fotos, identificadas pelo governo como sendo do padre, foram atribuídas a Vladimir Herzog, morto em 1975.
Segundo José Geraldo de Sousa Junior, que acompanhou a divulgação de fotos do padre em 82 para a OAB, os retratos foram feitos para desqualificar a atuação do padre em favor de dois párocos franceses presos no Brasil.
Em ato da campanha petista de Diadema (SP), o ministro José Dirceu (Casa Civil) disse que o governo está avaliando o decreto do governo FHC que ampliou o tempo de sigilo de documentos. "Estamos discutindo com historiadores para encontrar uma solução adequada. Terminadas as eleições, o governo tratará disso."


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