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Não há ambiente político, diz relator de projeto
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A cobrança de contribuição
previdenciária dos servidores inativos, uma das fontes de financiamento do reajuste do salário mínimo sugeridas pelo governo, enfrenta resistência no Congresso e
dificilmente será aprovada. "Não
há ambiente político para aprovar
a contribuição", afirmou o relator
da proposta de emenda constitucional na comissão especial da
Câmara, deputado José Carlos
Aleluia (PFL-BA).
O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), e
o líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), já se manifestaram contra a proposta.
A emenda foi enviada ao Congresso em outubro do ano passado, como parte do acordo entre o
governo e os governadores para
reduzir os gastos públicos, e está
parada na Câmara. A comissão
especial criada para analisá-la não
se reúne desde junho passado.
Desde o primeiro mandato de
Fernando Henrique Cardoso, o
governo já foi derrotado cinco vezes na Câmara ao tentar criar a
contribuição dos inativos. Na primeira tentativa, a contribuição
nem chegou ao plenário. Incluída
na reforma da Previdência, foi
derrubada em 1995 na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
O governo apresentou novo
projeto, rejeitado pelos deputados em 1996. Os senadores recuperaram o dispositivo que permitia a cobrança da contribuição
previdenciária dos inativos, na reforma da Previdência e os deputados rejeitaram o dispositivo novamente, em fevereiro de 1998.
Dois meses depois, o Congresso
aprovou a medida provisória sobre as alíquotas de contribuição
previdenciária dos servidores públicos, mas novamente excluiu os
aposentados. Em dezembro do
mesmo ano os deputados rejeitaram outra medida provisória que
instituía a contribuição.
Só em janeiro do ano passado o
governo conseguiu vencer a resistência dos deputados. A cobrança
foi aprovada e sancionada pelo
presidente, mas o STF (Supremo
Tribunal Federal) derrubou a medida, considerada inconstitucional.
(LUIZA DAMÉ)
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