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Ofensiva dos sem-terra fica para fevereiro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA
O MST não vai promover ofensivas nacionais contra o governo
neste ano como vinha ameaçando. A trégua deverá durar até fevereiro, segundo Jaime Amorim,
um dos líderes do movimento.
Segundo ele, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra) retomará as ofensivas entre fevereiro e março, quando começam as negociações com o governo para a liberação de crédito
para o ano agrícola 2001/2002.
Amorim não quis revelar quais
eram as ações previstas e que foram suspensas. As ofensivas estaduais continuarão. Amorim disse
que a superintendência do Incra
(Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) de Pernambuco deve ser invadida.
O MST ameaçava uma ofensiva
nacional contra o governo Fernando Henrique Cardoso desde o
fracasso das negociações em torno da reivindicação de empréstimo de R$ 2.000 a juros de 1,15%
ao ano para 100 mil famílias.
Amorim disse que a posição foi
reavaliada porque o movimento
não quer "dispersar forças" neste
final de ano, quando o período de
plantio já está esgotado. "Além
disso, o pessoal do governo já começou a sair de férias."
O líder sem terra afirmou que "o
governo é o responsável pela perda de todo o ano agrícola (2000/
2001) dos assentados, que não tiveram dinheiro para plantar".
Em Vitória, cerca de 250 integrantes do MST ocuparam o prédio do Incra por quatro horas.
Eles permanecem acampados no
local e planejam um protesto durante a visita de Fernando Henrique Cardoso à cidade hoje.
O presidente do Incra, Orlando
Muniz, elogiou o "bom senso" do
MST em recuar das ofensivas nacionais contra o governo e recomendou "reflexão" ao movimento devido às ações nos Estados.
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