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Ministro vai ao Congresso pela 3ª vez em 3 semanas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pela terceira semana consecutiva, o ministro Antonio Palocci
(Fazenda) voltará ao Congresso
na próxima terça-feira, sendo que
dessa vez falará sobre a emenda
constitucional que cria o Fundeb
-novo fundo para financiar a
educação básica na rede pública.
O depoimento estava previsto
para anteontem, mas foi adiado
porque o ministro estava na Comissão de Finanças e Tributação
da Câmara, onde teve de responder sobre economia, além de denúncias de irregularidades envolvendo ex-assessores e divergências com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).
A nova data foi acertada ontem
durante reunião com 18 deputados da comissão especial do Fundeb para tratar da proposta.
Ao ser questionado pelo deputado Inaldo Leitão (PL-PB) se estava "firme e forte" no cargo, o
ministro respondeu que "sim" e
riu, segundo Leitão. Os presentes
à reunião disseram que Palocci
estava "tranqüilo e alegre".
O que não agradou aos deputados foi a posição do Ministério da
Fazenda em relação ao Fundeb.
O ministro disse estar disposto a
discutir, mas adiantou que o compromisso da União é investir R$
4,3 bilhões em quatro anos e não
incluir alunos de 0 a 3 anos na distribuição dos recursos do novo
fundo. A comissão quer que o governo federal aplique 10% do total
da verba, o que superaria o valor
previsto, e inclua creches.
O Fundeb, promessa de campanha do presidente Lula, tem o objetivo de distribuir recursos da
União e de Estados e municípios
de acordo com o número de alunos matriculados na pré-escola e
nos ensinos fundamental e médio. O atual fundo, o Fundef, inclui só estudantes do fundamental (da 1ª a 8ª séries).
Para deputados que participaram da reunião, o ministro não
tem urgência na aprovação do
Fundeb. "Tínhamos esperança de
flexibilização, mas estamos vendo
que não há", disse o deputado
Gastão Vieira (PMDB-MA).
"O próprio ministro está dizendo que o fundo não é para o ano
que vem", completou a deputada
Raquel Teixeira (PSDB-GO).
(LUCIANA CONSTANTINO)
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