PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), defendeu ontem, "sem nenhum constrangimento", a permanência do ministro Antonio Palocci Filho no Ministério da Fazenda porque, conforme disse, isso é bom para o PSDB. Segundo ele, Palocci representa "uma continuidade, em seus valores fundamentais, daquilo que fez o governo FHC".
"Eu prefiro ser sócio, enquanto tucano, de um projeto de política econômica que segue as linhas mestras daquilo que nós deixamos, do que amanhã, numa eventual saída do ministro Palocci, ser sócio do imponderável, do desequilíbrio fiscal", afirma Aécio.
Ele diz que o PSDB tem chances de vencer a eleição presidencial de 2006 mais pelas qualidades de suas gestões do que "pelo enfrentamento moral que aí está".
Crítico do radicalismo tucano no embate com o governo, ele cobra propostas do partido: "Temos de ser vigilantes na apuração das denúncias, mas devemos começar a apresentar propostas".
Aécio voltou a mostrar as divergências com o que entende ser centralismo do PSDB paulista nos debates sobre a sucessão de 2006.
"Minas tem papel vital no equilíbrio federativo. Queremos estimular uma decisão debatida com o Brasil, seja de candidaturas ou de projetos presidenciais", disse.
Aécio sustenta que a presença do senador Tasso Jereissati (CE) na presidência nacional do partido é a "garantia" de um processo interno em que todos os tucanos serão ouvidos.


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