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Justiça permitiu acesso da Folha às notas fiscais
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Para justificar os gastos da
chamada verba indenizatória e obter o reembolso dos
gastos, deputados federais
apresentaram notas fiscais
de empresas de fachada ou
com endereços fictícios, revelou reportagem publicada
no domingo pela Folha.
A constatação foi feita a
partir da checagem dos dados de cerca de 70 mil comprovantes, referentes aos
quatro últimos meses de
2008. A relação de gastos foi
entregue pela Câmara ao
STF (Supremo Tribunal Federal) como parte de um
mandado de segurança movido pela Folha para ter
acesso aos documentos.
Na primeira reportagem
sobre os gastos dos deputados, a Folha deparou-se com
duas situações distintas: empresas que não existem nos
endereços informados à Receita Federal ou afirmaram
não prestar o serviço para o
qual emitiram as notas para
os congressistas.
Os deputados federais implicados afirmam que os serviços foram prestados e que
eles não podem ser responsabilizados por eventuais
problemas dessas empresas.
Ação idêntica foi movida
pela Folha para obter as notas entregues pelos senadores. O processo está nas
mãos do procurador-geral da
República, Roberto Gurgel,
que se pronunciará pela entrega ou não dos documentos, que, embora sejam comprovantes de gastos públicos, ainda estão sob sigilo.
Esta não foi a primeira que
a Folha tentou ter acesso às
notas fiscais de deputados e
de senadores. Em dezembro
de 2003, o STF chegou a tomar uma decisão favorável
ao jornal, mas a Casa recorreu e conseguiu manter o sigilo. Em agosto deste ano, o
jornal obteve uma liminar,
que caiu em setembro. A Câmara, porém, se antecipou
ao julgamento do mérito e
acabou entregando as notas.
Veja as notas fiscais
apresentadas pelos
deputados em
www.folha.com.br/0932714
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