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FHC vê "operação criminosa'
do enviado especial
O presidente Fernando Henrique Cardoso se disse indignado
com o fato de "uma operação criminosa", como a escuta telefônica,
ter contribuído para uma crise no
governo em vez de ter sido "repudiada nacionalmente". "Sou muito
contra essa questão de o crime
compensa, o crime ganhou. Vocês
verão com o tempo que quem praticou o crime pagará. E quem está
feliz por causa do crime pagará."
FHC disse que foi vítima da divulgação de "infâmias absurdas",
referindo-se à divulgação de papéis sem autenticidade comprovada que mostrariam sua participação em uma empresa nas Ilhas
Cayman. FHC reclamou de essas
denúncias estarem repercutindo
internacionalmente, "atingindo
pessoas probas, pessoas cuja vida é
honrada". Para ele, "são fofocas."
FHC pediu que, diante do "sacrifício" da demissão de seus auxiliares, haja um pensamento mais
profundo no país sobre "o que significa dar asas à infâmia".
²
Pacto Andino
FHC afirmou ontem que fará todo o empenho para que os países
do Pacto Andino (Peru, Bolívia,
Colômbia, Equador e Venezuela)
se integrem ao Mercosul. "Oxalá
isso ocorra."
Pouco antes, FHC ouviu do presidente da Venezuela, Rafael Caldera, apelos para que se empenhe
em realizar a união de toda a América do Sul. Caldera, que deixará o
governo em 4 de fevereiro de 99,
disse que FHC tem "a inteligência e
a juventude" necessárias para isso.
FHC inaugurou o asfaltamento
da rodovia que liga Manaus a Caracas (Venezuela), passando por
Boa Vista (RR). Disse que a obra
marca a aproximação continental.
"Hoje nos sentimos cada vez
mais sul-americanos. O que foi um
sonho bolivariano (referência a Simón Bolívar, venezuelano que
participou dos movimentos de independência de seu país e de Colômbia, Equador, Peru e Bolívia) é
um hoje um sentimento que toma
conta de nós", disse FHC.
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