da Sucursal de Brasília

A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, teve participação decisiva nos leilões de venda das estatais brasileiras. Entre suas principais aquisições em 97 estão parte da Companhia Vale do Rio Doce, da banda B da telefonia celular e de quatro empresas do setor elétrico.
O patrimônio da Previ, de R$ 22,01 bilhões no final do ano passado, a mantém em primeiro lugar no ranking dos fundos de pensão do país. Criado em 1904, o fundo tem hoje 118 mil associados ativos e aposentados.
Segundo os dados de 97, grande parte dos recursos provenientes das contribuições dos associados estava aplicada em ações: 57,8% dos investimentos eram em renda variável, e 20,73%, em renda fixa.
A Previ tem participação acionária nas companhias de energia da Bahia, do Rio Grande do Sul, de São Paulo e do Rio Grande do Norte. Possui ainda ações do Terminal de Contêineres de Santos.
A Previ está atuando também em empreendimentos de fusão e de reestruturação de empresas com posicionamentos relevantes em seus mercados de atuação.
Atualmente, ela participa de 54 empresas e 15 shopping centers. A Previ tem representantes nos conselhos de administração e fiscal de 45 empresas, entre elas Perdigão, Tigre, Paranapanema e Acesita.
A Previ está envolvida no caso do grampo telefônico no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) porque em julho o ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros, forçou a adesão do fundo a um consórcio para disputar os leilões de privatização das empresas telefônicas fixas.
Os fundos de pensão brasileiros formam um patrimônio global equivalente a cerca de 12% do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas no país). Por causa desse alto volume, eles representam um dos mais importantes investidores no mercado. No caso da Previ, o presidente é indicado pelo diretoria do Banco do Brasil, o patrocinador do fundo.



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