São Paulo, domingo, 24 de dezembro de 2006 |
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Painel RENATA LO PRETE painel@uol.com.br O retorno
Foi iniciada a coleta de assinaturas para o pedido de
anistia de Roberto Jefferson, cassado em setembro de
2005. O processo começou por São Paulo pelas mãos
do deputado estadual Campos Machado, secretário-geral do PTB e integrante da ala do partido não afinada com o governo Lula. O próprio Jefferson vai se engajar no esforço no Rio de Janeiro, sua base eleitoral.
Ele acha que também os Estados do Sul poderão contribuir para a obtenção do 1,2 milhão de assinaturas,
número necessário para que o pedido possa ser apresentado como proposta de iniciativa popular. Bonde andando. Um petista graúdo com trânsito no Planalto considera injusto que o caos aéreo tenha trincado a imagem de boa gerente de Dilma Rousseff. Durante semanas, a ministra da Casa Civil ficou fora do assunto por ordem de Lula, que não achava boa idéia vê-la metida com os militares. Dilma só entrou na história quando o caldo já havia mais que entornado. De véspera. O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) disse a mais de uma pessoa que, se for transferido para a Justiça, carregará para essa pasta a articulação política do governo. Talvez por isso suas chances de suceder Márcio Thomaz Bastos tenham minguado nos últimos dias. Persuasão. Na Câmara, a idéia de ver um petista instalado no Ministério da Justiça provoca o seguinte raciocínio, seguido de um calafrio: liberar emendas não é nada perto do poder de colocar a PF nos calcanhares dos deputados. Pirâmide. Segundo o presidente de um partido aliado, Lula criou três classes de ministros: "Os que são e continuarão a ser, os que não são e querem ser e os que são e temem não ser mais. É receita certa para a paralisia".
Janela. Uma parcela do PTB
governista não acharia de todo ruim se Walfrido Mares
Guia cumprisse a ameaça de
deixar a sigla. Como o ministro do Turismo é mais de Lula
que do partido, o arranjo permitiria emplacar um outro
petebista na Esplanada. Headhunter 1. Há cerca de um mês, o economista João Sayad fez contato com a direção do Banco Interamericano de Desenvolvimento, do qual já foi vice-presidente, para sugerir à instituição que contratasse como consultor, pelo período de um ano, o tucano Geraldo Alckmin. Headhunter 2. Ato contínuo, o BID sondou a receptividade do Planalto à idéia de o banco dar emprego ao adversário derrotado por Lula. Polidamente, o governo deu a entender que preferia não se envolver no assunto. A consultoria não rolou, e Alckmin irá estudar em Harvard, enquanto Sayad será secretário da Cultura de José Serra. Dois em um. A duradoura influência de Serra sobre a administração paulistana rendeu ao tucano o apelido de "Prego", que vem a ser o híbrido de prefeito e governador. Colchão. Chega na terça-feira à Assembléia gaúcha o pacote do "déficit zero" de Yeda Crusius (PSDB), que prevê aumento de impostos.
Câmera, ação! O brasileiro Henrique Delgado, estudante de economia na universidade de Pequim, foi escalado para uma pequena participação na versão cinematográfica do best-seller "O Caçador
de Pipas", a ser filmada no deserto de Gobi. O filho do deputado não-reeleito Paulo Delgado (PT-MG) fará o papel
de um militante do Taleban. Do cientista político MARCO ANTONIO TEIXEIRA sobre as absolvições em série de parlamentares mensaleiros e sanguessugas. Contraponto Invicto
Frustrada a tentativa de conceder um superaumento
salarial aos parlamentares, Fernando Gabeira (PV-RJ)
tornou-se um dos deputados mais assediados da Câmara,
já que esteve na linha de frente do combate aos 91%. |
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