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D. Cláudio deve ter sucessor só no fim de janeiro
DA REPORTAGEM LOCAL
A arquidiocese de São
Paulo terá de esperar ao
menos até o final de janeiro para conhecer o sucessor do cardeal d. Cláudio
Hummes. No início de novembro, d. Cláudio foi nomeado pelo papa para ocupar o posto de prefeito da
Congregação para o Clero.
O cardeal partiu em 3 de
dezembro para assumir o
cargo no Vaticano. Em seu
lugar, está provisoriamente d. Manuel Carral, bispo-auxiliar de São Paulo.
O impasse se dá por algumas razões. A primeira
é que o Vaticano não é célere na escolha dos ocupantes das dioceses.
O outro motivo é a própria visita de Bento 16 ao
Brasil. O responsável por
conduzir o processo de escolha do novo arcebispo é
o núncio apostólico (representante do papa no
país), d. Lorenzo Baldisseri, que está envolvido na
visita do papa ao Brasil.
A d. Lorenzo cabe enviar
uma carta a todos os bispos de São Paulo, aos cardeais do Brasil, ao colégio
de consultores da Arquidiocese de São Paulo e ao
presidente da CNBB.
Segundo bispos ouvidos
pela Folha, essas cartas só
começaram a chegar na
semana passada. Cada
carta deve voltar ao núncio com o nome de três
bispos. O núncio reduz a
lista a três nomes, enviados a uma plenária de cardeais na Congregação para
os Bispos, no Vaticano.
O grupo deve apresentar ao papa o nome que
acredita o mais indicado.
Cabe ao papa aceitar e autorizar a divulgação do nome. "O processo dura, no
mínimo, dois meses", diz o
monsenhor Rafael Biernaski, brasileiro que trabalha há 20 anos na Congregação para os Bispos.
Entre os religiosos ouvidos pela Folha, dois aparecem com mais chances
de substituir d. Cláudio: d.
Odilo Pedro Scherer, bispo-auxiliar de São Paulo e
secretário-geral da CNBB,
e d. Orani João Tempesta,
arcebispo de Belém.
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