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Lula repete Dilma e alerta para risco de estagnação se governo perder eleição
Jorge Araujo/Folha Imagem
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Lula é fotografado em evento de Natal com catadores de papel e moradores de rua, realizado ontem no centro de São Paulo
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem citar nome dos potenciais candidatos à Presidência, o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva alertou ontem,
de forma velada, para o risco
de estagnação de conquistas
sociais caso a oposição vença
as eleições do ano que vem.
O presidente disse que não
se sabe o que acontecerá no
Brasil, em referência a uma
eventual vitória da oposição.
Ao discursar para moradores de rua e catadores de lixo,
Lula recomendou pressa, por
exemplo, no levantamento de
prédios públicos que possam
ser destinados aos sem-teto.
"A gente tem que se dedicar,
porque não sabemos o que pode acontecer no país", disse.
Numa despedida, Lula acenou com a promessa de abrir
os cofres -com a ampliação
até do Programa Minha casa,
Minha vida -em 2010.
"Vocês têm que aproveitar
esse momento, que falta um
ano. Por favor, não tenham
medo do peso da caneta. Vamos fazer um levantamento,
um pente fino das nossas necessidades, para colocar no
papel, para ver se a gente, em
um espaço mais curto possível, pode atender", disse Lula.
"É preciso que tudo aquilo
que a gente não conseguiu fazer a gente deixasse preparado ou para começar já no ano
que vem, ou para ser aprovado
no PAC que vai ser feito, de
2011 a 2015", insistiu.
Também sem mencionar o
nome de Dilma Rousseff, Lula
apontou a ministra da Casa
Civil, pré-candidata do PT, como promessa de continuidade. Segundo ele, se eleita, Dilma estará ao seu lado, em
2010, fazendo novas promessas ao movimento.
"Quando eu vier aqui, em
dezembro do ano que vem, já
tem outra pessoa eleita, já sou
rei posto [morto], e rei posto
[morto] não pode mais fazer
promessa. Ou faço agora, que
posso cumprir, ou não dá para
fazer depois. De qualquer forma, se for quem penso que vai
ser, podemos trazer junto
aqui, para fazer promessas",
disse Lula.
E em seguida, ressalvou:
"Mas vocês já estão tão organizados que quem entrar aí
vai ter que respeitar".
Na véspera, Dilma afirmou
que sua derrota representaria
um retrocesso para o país.
Ao determinar rapidez para
elaboração de lista de prédios,
Lula receitou 15 dias de férias
para a secretária Nacional de
Patrimônio da União, Alexandra Reschke. "Porque o ano
que vem será pauleira".
Após o evento, em que
anunciou a compra de 25 imóveis do INSS para atendimento de população de baixa renda, Lula se reuniu com o ministro Guido Mantega e o empresário Abílio Diniz (Grupo
Pão de Açúcar).
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