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CASO SILVEIRINHA
Ministério Público do Rio entra com ação cautelar contra suspeitos
Promotores querem fiscais afastados
MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO
TALITA FIGUEIREDO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O Ministério Público do Rio pediu ontem à Justiça que os quatro
fiscais de renda do Estado suspeitos de participar de um esquema
de corrupção que teria enviado
US$ 36 milhões para contas na
Suíça sejam afastados do serviço
público e tenham os bens confiscados e os sigilos quebrados.
O pedido consta de ação cautelar apresentada ao TJ (Tribunal de
Justiça) e encaminhada à 2ª Vara
de Fazenda Pública. A medida é
preparatória da ação por improbidade administrativa que deverá
ser apresentada contra os quatro
fiscais pelo Ministério Público
em, no máximo, 30 dias.
Os suspeitos são o fiscal de renda e subsecretário de Administração Tributária da gestão Anthony
Garotinho, Rodrigo Silveirinha
Corrêa, e os fiscais Carlos Eduardo Pereira, Lúcio Manoel Picanço
e Rômulo Gonçalves. Eles negam
as acusações.
Na ação, os promotores pedem
que os fiscais sejam afastados de
funções que gerem risco para o
erário público e que tenham os sigilos fiscal e bancário quebrados,
além dos bens confiscados.
A Justiça Federal já determinara
a quebra dos sigilos e o confisco
dos bens dos fiscais e dos quatro
auditores da Receita também suspeitos de participar do esquema.
Anteontem, foram incluídos na
investigação da corregedoria da
Receita mais três auditores.
O advogado Clóvis Sahione, que
defende Silveirinha e outros seis
suspeitos, recebeu ontem do delegado Alessandro Thiers, da Draco
(Delegacia de Repressão às Ações
Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais da Polícia Civil),
intimações para que os clientes
deponham na semana que vem.
Sahione disse que os clientes
poderão faltar ao depoimento caso ele entenda que as investigações são de atribuição federal.
Silveirinha
O ex-secretário de Fazenda do
Rio Carlos Antônio Sasse afirmou
ontem à Folha que Silveirinha teria confessado ao ex-subsecretário da Receita e atual diretor de
Informática do Detran, David Birman, que as acusações contra ele
são verdadeiras. A Folha não conseguiu falar com Birman nem
com Silveirinha.
Segundo Sasse, Silveirinha teria
ido, dias atrás, à casa de Birman
para admitir que teria uma conta
na Suíça no valor de U$8,9 milhões. Além disso, teria pedido ao
amigo que tomasse conta dos três
filhos caso algo lhe acontecesse.
Colaborou FABIANA CIMIERI, free-lance
para a Folha
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