São Paulo, domingo, 25 de janeiro de 2004

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OUTRO LADO

Advogado afirma que assunto sofre influência política

DA REPORTAGEM LOCAL

"Está havendo uma manobra para transformar o processo em assunto de interesse público, e não uma questão trabalhista entre as partes envolvidas", diz o advogado Carlos Alberto Monteiro da Fonseca.
Ele representa a editora Brasil Agora Ltda. na ação trabalhista e foi o advogado de Lula no mandado de segurança. Outro advogado perdeu uma audiência, no início do processo.
"Nós consideramos que as observações nos votos divergentes têm um caráter mais político do que jurídico", diz Fonseca.
Segundo ele, ao longo dos anos o PT não foi parte. A conta de campanha tinha finalidade específica. "Não era dinheiro do Lula, pessoa física", diz. "Chegamos a fazer proposta de R$ 300 mil, não aceita [por Soldano]", afirma Fonseca.
Como o TRT acolheu o mandado de segurança, Fonseca entende que a discussão voltará ao ponto anterior: "Tanto o PT quanto Lula vão ter oportunidade de se defender e dizer que são terceiros nessa ação", diz. "O advogado [de Soldano] pode pedir a penhora das contas. É um direito dele. Se vai ganhar, é outra coisa", diz.
Para Fonseca, o processo é contra a editora. "Lula saiu da sociedade antes do próprio reclamante." O PT também se retirou, diz.
A questão, segundo o advogado, é decidir se um ex-sócio pode ser responsabilizado por dívidas da editora que teve, depois, outros sócios. "Lula e o PT são sócios que se retiraram antes do início do processo."
Como o caso está em fase de execução, ou seja, de busca de bens para penhora, os advogados só podem discutir na Justiça depois de feita a penhora.
A assessoria de imprensa do PT informou que "o partido não vai se pronunciar sobre o assunto, que está sub judice". (FV)


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