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OUTRO LADO
Advogado afirma que assunto sofre influência política
DA REPORTAGEM LOCAL
"Está havendo uma manobra para transformar o
processo em assunto de interesse público, e não uma
questão trabalhista entre as
partes envolvidas", diz o advogado Carlos Alberto Monteiro da Fonseca.
Ele representa a editora
Brasil Agora Ltda. na ação
trabalhista e foi o advogado
de Lula no mandado de segurança. Outro advogado
perdeu uma audiência, no
início do processo.
"Nós consideramos que as
observações nos votos divergentes têm um caráter mais
político do que jurídico", diz
Fonseca.
Segundo ele, ao longo dos
anos o PT não foi parte. A
conta de campanha tinha finalidade específica. "Não era
dinheiro do Lula, pessoa física", diz. "Chegamos a fazer
proposta de R$ 300 mil, não
aceita [por Soldano]", afirma Fonseca.
Como o TRT acolheu o
mandado de segurança,
Fonseca entende que a discussão voltará ao ponto anterior: "Tanto o PT quanto
Lula vão ter oportunidade
de se defender e dizer que
são terceiros nessa ação",
diz. "O advogado [de Soldano] pode pedir a penhora
das contas. É um direito dele. Se vai ganhar, é outra coisa", diz.
Para Fonseca, o processo é
contra a editora. "Lula saiu
da sociedade antes do próprio reclamante." O PT também se retirou, diz.
A questão, segundo o advogado, é decidir se um ex-sócio pode ser responsabilizado por dívidas da editora
que teve, depois, outros sócios. "Lula e o PT são sócios
que se retiraram antes do
início do processo."
Como o caso está em fase
de execução, ou seja, de busca de bens para penhora, os
advogados só podem discutir na Justiça depois de feita a
penhora.
A assessoria de imprensa
do PT informou que "o partido não vai se pronunciar
sobre o assunto, que está sub
judice".
(FV)
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