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Jobim prioriza negociação de caças com França e Rússia
Ministro descarta comprar
supersônicos americanos
ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
O ministro da Defesa, Nelson
Jobim, praticamente descartou
ontem o caça F-35 Joint Strike
Fighter americano como opção
para o reequipamento da Força
Aérea, argumentando que "os
Estados Unidos não transferem tecnologia".
A nova versão do projeto F-X,
de compra de supersônicos, fica então focado no Rafale, da
França, e no Sukhoi, da Rússia,
os dois países para onde o ministro embarca hoje para uma
viagem de 15 dias. Ele pretende
discutir também a fabricação
de helicópteros de carga no
Brasil e um projeto comum para o submarino de propulsão
nuclear da França.
A agenda de Jobim prevê audiências com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e com o
ministro da Defesa, Hervé Morin, além de uma visita a uma
base da Força Aérea Francesa
que opera os Rafale. Quem
acertou o encontro de Jobim
com Sarkozy foi o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo Jobim, o Brasil tem
interesse numa "aliança estratégica com a França" na área de
defesa e o objetivo principal é
discutir a transferência de tecnologia: "Nós não podemos depender de insumos estrangeiros nessa área. Porque, senão,
numa hora decisiva, basta [o
fornecedor] cortar o suprimento. Aí, acabou", disse ele.
Na Rússia, principal fornecedor de equipamentos de defesa
da Venezuela, inclusive dos
modelos Sukhoi-30, Jobim terá
encontros com o vice-premiê
Sergei Ivanov e com os ministros de Negócios Estrangeiros,
Sergei Lavrov, e da Defesa,
Anatoli Serdiukov.
Apesar de quase descartar
caças americanos, o ministro
disse que sua próxima viagem,
em março, será para os EUA.
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