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OUTRO LADO
Senadora diz que as acusações vêm por perseguição política
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
A senadora Ana Júlia Carepa
(PT-PA) divulgou nota afirmando que a CPI não comprovou participação de empresas
do Safra Legal nas doações para
sua campanha em 2004.
A petista também negou o
envolvimento de seu ex-marido no esquema: "Os documentos levados à CPI atestaram que
o gerente do Ibama em Belém,
Marcílio de Abreu Monteiro,
nunca assinou nenhuma autorização de desmatamento ou
autorizou o transporte de madeira oriundo do programa".
Ela também negou recebimento de recursos de madeireiros na conta de sua assessora
Maria Joana da Rocha Pessoa.
Por telefone, a senadora disse
que as denúncias são perseguição política. "Quando o [presidente] Lula sobe nas pesquisas,
infelizmente vêm as acusações.
Calúnias eu já tenho muitas,
mas vamos lá, porque meu
couro já está curtido."
Francisco de Assis dos Santos
Souza, o Chiquinho do PT, disse que sua campanha para prefeito de Anapu, em 2004, custou cerca de R$ 140 mil e foi
custeada por madeireiros. Ele
negou envolvimento no esquema apontado pela CPI.
Ele disse que as madeireiras
usavam o adesivo "Empresa
oPTante do Plano Safra Legal
2004" por conta própria.
Leivino dos Santos disse que
não comentaria as denúncias.
Elielson Farias não foi notificado pelo relatório, segundo informou o Ibama. A Folha não
localizou Bruno Kempner nem
Sílvio César Lima.
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