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Igrejas criam
normas para
punir "assédio"
DO ENVIADO A TOLEDO
Em Nova Santa Rosa, cidade vizinha a Toledo, no
Paraná, os líderes religiosos resolveram se reunir e
colocar no papel suas regras de boa convivência
"ecumênica".
Buscam, dessa maneira,
impedir formalmente que
uns disputem os fiéis dos
outros, além de regular as
freqüentes mudanças de
religião, que acontecem
entre todas elas, geralmente após a realização
dos casamentos.
No regimento interno
do CMR (Conselho de Ministros Religiosos) da cidade, que congrega atualmente cerca de 20 pastores de diferentes denominações protestantes, além
do padre local, está escrito
no parágrafo "da boa ordem e respeito mútuo":
1) É norma do CMR que
todos seus integrantes não
pratiquem atividades individuais no sentido de desfazer as outras congregações cristãs ou procurar
arrebanhar seus membros
para sua própria entidade;
2) É norma que se dê liberdade aos membros das
diversas congregações caso queiram mudar de entidade, mas, nesse caso, os
mesmos deverão obter
uma declaração de sua
congregação de origem,
comprovando que a deixaram em paz, sem deixar
pendências de qualquer
ordem.
De acordo com Ivo
Köhn, 54, pastor da Igreja
Evangélica Congregacional do Brasil e que ocupa a
presidência do conselho,
para ser aceito por outra
religião, o fiel tem que buscar uma declaração assinada por ele.
"Se um membro meu
quiser migrar para a Igreja
Católica ou para qualquer
outra igreja, ele tem toda
liberdade. Mas ele tem que
vir aqui e pegar um comprovante de que sai de livre e espontânea vontade", explica Köhn.
"A outra igreja não o
aceita sem essa declaração", conclui o pastor.
Na reunião da última
quarta-feira do conselho,
os líderes religiosos locais
resolveram criar para Nova Santa Rosa um grande
coral com integrantes de
todas as igrejas que há na
cidade.
(RC)
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