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Ex-presidente do banco nega irregularidades
FREDERICO VASCONCELOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Valdery Frota de Albuquerque, ex-presidente da
Nossa Caixa, confirma que
Waldin Rosa de Lima, ex-presidente do Banco do Estado de Goiás, trabalhou como chefe-de-gabinete da
presidência, sem ser contratado, durante a sua gestão.
Diz que Lima não recebia
pelo banco e que não foi
"efetivado porque o Conselho de Administração definiu que apenas funcionários
de carreira poderiam assumir tal função".
A Folharevelou anteontem que a diretoria da Nossa
Caixa nomeada pelo ex-governador Geraldo Alckmin,
pré-candidato à Presidência
pelo PSDB, abrigou executivos e assessores acusados de
irregularidades na administração de outros bancos oficiais durante o governo
FHC. Em carta enviada ao
jornal ontem, Albuquerque
afirma que Lima é "servidor
público federal de carreira" e
que "nunca esteve impedido
de operar no sistema financeiro pelo Banco Central". O
BC inabilitou Lima para dirigir instituição financeira por
um ano. Ele foi chefe-de-gabinete de Albuquerque em
2003 e só conseguiu se livrar
da penalidade em 2004.
Antes da definição do
Conselho de Administração,
segundo Albuquerque, Lima
"chegou a ser formal e transparentemente apresentado,
interna e externamente, como chefe-de-gabinete
-cargo não-estatutário-
com acesso tão somente a
informações afetas à sua
função, e sem nenhuma remuneração do banco".
Albuquerque diz que Elmar Gueiros, "consultor externo, também teve sua contratação solicitada, dentro
do rigor legal, para cuidar essencialmente do desenvolvimento de programas habitacionais". E Luiz Francisco
Monteiro de Barros Neto
"foi convidado pelo excepcional trabalho que executou na CEF e em outros órgãos públicos do governo".
Albuquerque não cita os
relatórios das CPIs dos Bingos e Narcotráfico que sugerem o indiciamento de Rosa
de Lima e Barros Neto por
supostas irregularidades.
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