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Alckmin mantém candidatura em SP e busca apoio do PTB
Na opinião do ex-governador, ao fechar acordo com PMDB de Quércia, Gilberto Kassab o "liberou" para buscar outras siglas
Segundo aliado do tucano, ele disse que PSDB e DEM voltarão a conversar no segundo turno e pediu que correligionários não recuem
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
RENATA LO PRETE
EDITORA DO "PAINEL"
Pressionado pela ala do
PSDB contrária a sua pré-candidatura a prefeito de São Paulo, o ex-governador Geraldo
Alckmin determinou ontem a
seus correligionários que não
recuem "um milímetro" e informou ao grupo que não desistirá da disputa. À noite, o tucano deixou seu escritório rumo a
um encontro com Gilberto
Kassab (DEM) para comunicar
sua decisão de permanecer na
disputa municipal, em vez de
participar da aliança em torno
da reeleição do prefeito.
O propósito de Alckmin era
dizer a Kassab que, ao fechar
um acordo com o PMDB de
Orestes Quércia, que contou
com a colaboração de correligionários do governador José
Serra (PSDB), o prefeito o "liberou" para buscar outras siglas e seguir caminho próprio.
Segundo um aliado do ex-governador, ele disse que PSDB e
DEM voltarão a conversar no
segundo turno das eleições.
A meta de Alckmin é apresentar o mais rápido possível
uma aliança que lhe dê condições mínimas de sustentação e
mais tempo no horário da TV.
Ontem à tarde, ele se encontrou com o presidente do PSDB
paulistano, José Henrique Reis
Lobo, e os dois decidiram que o
veredicto final sobre sua candidatura deverá ser dado no dia 5
de maio pela Executiva Municipal. Antes, na próxima segunda-feira à noite, seus apoiadores farão um ato de desagravo
ao ex-governador. Alckmin avisou que pretende participar.
No âmbito nacional, Alckmin
deverá recorrer à ajuda do governador Aécio Neves (PSDB-MG), com o objetivo de aumentar seu trânsito na cúpula de
eventuais partidos aliados, como o PSB, o PC do B e o PDT.
Segundo a Folha apurou, o
mineiro teria ligado nos últimos dias para se dizer "solidário" ao colega. Já Serra, segundo aliados do ex-governador,
não havia entrado em contato.
PTB como aliado
O parceiro preferencial de
Alckmin em São Paulo é o PTB
do deputado estadual Campos
Machado. Se concretizada a
aliança, ele chegaria a quase
cinco minutos em cada um dos
blocos do horário eleitoral,
contra quase oito de Kassab
(DEM) -que era vice de Serra
até 2006-, obtidos por conta
do apoio do PMDB, presidido
no Estado por Orestes Quércia.
Nas muitas conversas e reuniões que teve ontem, Alckmin
listou os pontos que, segundo
ele, o impedem de aceitar um
acordo com Kassab e Quércia.
O primeiro deles seria justamente o silêncio de Serra. Na
opinião do tucano, a dupla,
mesmo com o aval do governador, tem poucas condições de
garantir que a vaga do PSDB
para a sucessão do governador
em 2010 fique com ele.
Nesse caso, seria necessária
uma declaração pública de Serra de que, mesmo perdendo para Aécio o direito de concorrer
ao Planalto, não disputará a
reeleição. Interlocutores de
Serra dizem que ele estaria propenso a aceitar a idéia, já que faria parte "do custo Alckmin".
Entre aliados de Alckmin, a
avaliação é que o impacto da
união entre DEM e PMDB também deverá ser sentido pela
candidatura da ministra Marta
Suplicy (PT), até agora sua
principal adversária nas pesquisas. A meta do tucano é evitar que a petista consiga acordo
com os partidos do chamado
bloquinho: PC do B, PSB e PDT.
Colaborou CATIA SEABRA ,
da Reportagem Local
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