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Defesa de doleiro tenta invalidar investigações da Castelo de Areia
Advogados dizem que PF usou denúncia anônima para justificar quebra de sigilo
DA REPORTAGEM LOCAL
A defesa do suíço Kurt Paul
Pickel, acusado na Operação
Castelo de Areia de cometer supostos crimes financeiros com
funcionários da empreiteira
Camargo Corrêa, apresentou
ontem à Justiça um habeas corpus para anular as investigações do caso.
Os advogados Alberto Zacharias Toron e Carla Domenico
alegam que a quebra de sigilo
telefônico nas investigações da
Polícia Federal teria sido justificada apenas pelas informações de uma denúncia anônima, o que seria ilegal.
Segundo os defensores, durante as investigações os policiais teriam usado senhas de
companhias telefônicas que
permitiram acesso irrestrito às
ligações dos clientes das operadoras, e assim teriam violado a
lei. Outro argumento da defesa
é de que o período de realização
das escutas telefônicas nas
apurações -um ano e dois meses- teria sido excessivo.
A defesa pediu que a Justiça
determine a "nulidade de todo
o procedimento [investigatório
da PF], inclusive das diligências
de busca e apreensão, quebras
de sigilos e bloqueios de contas
correntes e patrimonial".
O habeas corpus será julgado
pelo TRF (Tribunal Regional
Federal) da 3ª Região. Em março, o TRF determinou a libertação dos presos na operação.
A Polícia Federal informou
que não vai se pronunciar sobre
o habeas corpus porque a ação
está na esfera do Poder Judiciário.
(FF)
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