São Paulo, sábado, 25 de abril de 2009

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Defesa de doleiro tenta invalidar investigações da Castelo de Areia

Advogados dizem que PF usou denúncia anônima para justificar quebra de sigilo

DA REPORTAGEM LOCAL

A defesa do suíço Kurt Paul Pickel, acusado na Operação Castelo de Areia de cometer supostos crimes financeiros com funcionários da empreiteira Camargo Corrêa, apresentou ontem à Justiça um habeas corpus para anular as investigações do caso.
Os advogados Alberto Zacharias Toron e Carla Domenico alegam que a quebra de sigilo telefônico nas investigações da Polícia Federal teria sido justificada apenas pelas informações de uma denúncia anônima, o que seria ilegal.
Segundo os defensores, durante as investigações os policiais teriam usado senhas de companhias telefônicas que permitiram acesso irrestrito às ligações dos clientes das operadoras, e assim teriam violado a lei. Outro argumento da defesa é de que o período de realização das escutas telefônicas nas apurações -um ano e dois meses- teria sido excessivo.
A defesa pediu que a Justiça determine a "nulidade de todo o procedimento [investigatório da PF], inclusive das diligências de busca e apreensão, quebras de sigilos e bloqueios de contas correntes e patrimonial".
O habeas corpus será julgado pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região. Em março, o TRF determinou a libertação dos presos na operação.
A Polícia Federal informou que não vai se pronunciar sobre o habeas corpus porque a ação está na esfera do Poder Judiciário. (FF)


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