DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de reprovar o slogan "São Paulo a favor do Brasil", o PT de São Paulo está testando novos motes para marcar as campanhas de Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo e de Marta Suplicy ao Senado.
Ontem, no evento de lançamento das duas candidaturas, a coordenação do partido testava a frase "São Paulo com tudo que tem direito".
O primeiro slogan, utilizado de forma provisória ainda na fase embrionária das duas campanhas, foi criticado dentro e fora do partido por dar a entender que o Estado está hoje "contra o Brasil".
Além disso, tucanos afirmaram que a polêmica frase fazia parte das inserções publicitárias do PSDB. Uma variante, "São Paulo em sintonia com o Brasil", também está sendo testada pela sigla.
Segundo um dos coordenadores da campanha de Mercadante, o vereador José Américo, motes diferentes estão em teste. "Não há um slogan oficial ainda", diz ele.
Recentemente, o partido usou também a frase "Em São Paulo muito mais é possível", que inevitavelmente remete ao tema da campanha tucana à Presidência da República -"O Brasil pode mais", repetido à exaustão pelo pré-candidato do partido, José Serra, desde antes do lançamento oficial da postulação eleitoral.
O PT busca uma assinatura que reforce o pensamento de que São Paulo cresceu menos do que o Brasil nos últimos sete anos e meio, período em que o PT governou o país, e que impulsione a noção de que o Estado precisa ter um governo em sintonia com o Planalto.
Em São Paulo, a pré-candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, foi recebida no evento ao som da música "Vem Dilma, vem", em ritmo sertanejo semelhante aos das criações feitas para a campanha de 2006 do presidente Lula -ela tem o mesmo marqueteiro, João Santana. A música já estava em blogs informais da candidata desde o final do ano passado. A letra faz menção ao presidente ("Você [Dilma] aprendeu com esse cabra valente") e à ideia reforçada pela campanha, de que Dilma é a continuação de Lula.
O coordenador da campanha de Mercadante será o prefeito de Osasco, Emidio de Souza. (ANA FLOR)


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