São Paulo, quarta-feira, 25 de maio de 2005 |
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GOVERNO SOB PRESSÃO Governistas ameaçam com CPI do Setor Elétrico, liberam verbas e tentam retirar nomes Planalto amplia ações contra CPI, que deve ser aberta hoje
Governo e oposição travam hoje sua principal batalha política, às 10h, na sessão do Congresso Nacional convocada para criar a CPI dos Correios. Comandados pelo ministro José Dirceu (Casa Civil), os governistas usaram vários recursos para tentar barrar a comissão: liberação de verbas para emendas parlamentares; ameaça de criar a CPI do Setor Elétrico, com a mira voltada para as privatizações da era tucana; pressão para demover os deputados da base que engordam a lista. Os próprios governistas, porém, classificavam a missão de "difícil" consecução. A oposição obteve ontem o apoio de mais 11 deputados e de um senador e ninguém retirou a assinatura, o que pode ocorrer até 0h de hoje. O placar da CPI está assim: 253 deputados e 51 senadores assinam o requerimento -são necessárias as assinaturas de 171 deputados e 27 senadores. Pivô da crise política, o presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), mudou de discurso após reunião com ministros de Lula. Anunciou que iria retirar seu nome do requerimento e que seu partido não devolveria os cargos que tem nas estatais. Apesar disso, o deputado criticou duramente o PT e seu presidente, dizendo que Genoino havia sido "desleal" ao defender publicamente a "requalificação da base". O ex-funcionário dos Correios Maurício Marinho, que depôs ontem à PF, isentou Jefferson de qualquer responsabilidade no caso e reafirmou que os R$ 3.000 recebidos eram um adiantamento por uma consultoria. Texto Anterior: Painel Próximo Texto: Jefferson recua, mas adesões crescem Índice |
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