São Paulo, quarta-feira, 25 de maio de 2005

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MÍDIA

Debate promovido pela ANJ reúne lideranças da área e publicitários em São Paulo

Empresários discutem futuro do jornal

DA REDAÇÃO

Reunidos ontem em debate sobre "O Futuro do Jornal no País -Falando Francamente", empresários de jornais brasileiros avaliaram com otimismo a posição desse veículo no mercado e não acreditam que a mídia digital, principalmente a de internet, vá representar uma ameaça para o setor. A discussão ocorreu em São Paulo, no evento "Virada de Página", promovido pela Associação Nacional de Jornais (ANJ).
O debate teve como objetivo discutir a posição dos jornais impressos no mercado publicitário. Estiveram presentes empresários, jornalistas e publicitários.
No painel que tratou do futuro dos jornais impressos, participaram o presidente do Grupo Folha, Luís Frias, o sócio e conselheiro de "O Estado de S. Paulo", Roberto Mesquita, o diretor das Organizações Globo de Mídia Impressa e Rádio, Luiz Eduardo Vasconcelos, e o presidente do diário "Lance!", Walter de Mattos Jr..
Segundo Luís Frias, falar do futuro do jornal impresso é antes de tudo discutir o formato em que ele será apresentado ao leitor. "O jornal continuará presente como um meio de comunicação poderoso e forte. A questão será: quantos leitores estarão lendo o jornal no formato tradicional e quantos estarão o lendo na tela do computador", afirmou o empresário.

Falsa questão
Frias disse ser "falsa a questão" da comparação da velocidade de outros veículos com a do jornal. "O jornal sempre competiu com o "real time" da TV. E as versões on-lines que deram mais certo, as mais bem-sucedidas, são aquelas que imitaram o formato do jornal de papel e tinta", disse.
Segundo Roberto Mesquita, de "O Estado de S. Paulo", a discussão é sobre modelos de crescimento, "como fazer para crescer e ganhar mercado". "Se fizermos o dever de casa bem-feito, o jornal tem condições de se manter atrativo."
Luiz Eduardo Vasconcelos, das Organizações Globo de Mídia Impressa e Rádio, destacou que o surgimento de novos leitores depende do fortalecimento da democracia. "Quanto mais se desenvolver a democracia, mais leitores de jornais haverá. Quando a consciência política fica mais refinada, há uma busca pelo jornal."
Para o presidente do "Lance!", Walter de Mattos Jr., "muita previsão catastrófica que foi feita acabou não acontecendo". "Vai sobreviver aquele que conseguir reagir melhor às mudanças."


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