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MÍDIA
Debate promovido pela ANJ reúne lideranças da área e publicitários em São Paulo
Empresários discutem futuro do jornal
DA REDAÇÃO
Reunidos ontem em debate sobre "O Futuro do Jornal no País
-Falando Francamente", empresários de jornais brasileiros avaliaram com otimismo a posição
desse veículo no mercado e não
acreditam que a mídia digital,
principalmente a de internet, vá
representar uma ameaça para o
setor. A discussão ocorreu em São
Paulo, no evento "Virada de Página", promovido pela Associação
Nacional de Jornais (ANJ).
O debate teve como objetivo
discutir a posição dos jornais impressos no mercado publicitário.
Estiveram presentes empresários,
jornalistas e publicitários.
No painel que tratou do futuro
dos jornais impressos, participaram o presidente do Grupo Folha,
Luís Frias, o sócio e conselheiro
de "O Estado de S. Paulo", Roberto Mesquita, o diretor das Organizações Globo de Mídia Impressa e
Rádio, Luiz Eduardo Vasconcelos, e o presidente do diário "Lance!", Walter de Mattos Jr..
Segundo Luís Frias, falar do futuro do jornal impresso é antes de
tudo discutir o formato em que
ele será apresentado ao leitor. "O
jornal continuará presente como
um meio de comunicação poderoso e forte. A questão será: quantos leitores estarão lendo o jornal
no formato tradicional e quantos
estarão o lendo na tela do computador", afirmou o empresário.
Falsa questão
Frias disse ser "falsa a questão"
da comparação da velocidade de
outros veículos com a do jornal.
"O jornal sempre competiu com o
"real time" da TV. E as versões on-lines que deram mais certo, as
mais bem-sucedidas, são aquelas
que imitaram o formato do jornal
de papel e tinta", disse.
Segundo Roberto Mesquita, de
"O Estado de S. Paulo", a discussão é sobre modelos de crescimento, "como fazer para crescer e
ganhar mercado". "Se fizermos o
dever de casa bem-feito, o jornal
tem condições de se manter atrativo."
Luiz Eduardo Vasconcelos, das
Organizações Globo de Mídia Impressa e Rádio, destacou que o
surgimento de novos leitores depende do fortalecimento da democracia. "Quanto mais se desenvolver a democracia, mais leitores de jornais haverá. Quando a
consciência política fica mais refinada, há uma busca pelo jornal."
Para o presidente do "Lance!",
Walter de Mattos Jr., "muita previsão catastrófica que foi feita acabou não acontecendo". "Vai sobreviver aquele que conseguir
reagir melhor às mudanças."
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