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ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA
"Vai haver segundo turno, tenho certeza", diz tucano
Alckmin afirma que vantagem de Lula se deve à superexposição do presidente na TV
PSDB avalia que os índices
do ex-governador poderiam
ser muito piores em razão
da crise na segurança no
Estado provocada pelo PCC
Lula Marques - 26.abr.2006/Folha Imagem
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O presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, que agora diz esperar pelo horário eleitoral |
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar da expressiva vantagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o comando do PSDB respirou aliviado com o resultado da pesquisa Datafolha. O partido havia se preparado para uma queda de até cinco pontos de seu pré-candidato à Presidência, Geraldo Alckmin, em relação ao levantamento anterior do instituto.
O temor se devia, principalmente, à crise na segurança pública em São Paulo, desencadeada pelo PCC (Primeiro Comando da Capital).
Uma estrutura de defesa chegou a ser montada para tentar explicar a queda. A estratégia, no entanto, foi reformulada após a divulgação do resultado, na noite de ontem.
Os tucanos, então, passaram a adotar o discurso da "estabilização da candidatura".
"Essa questão do primeiro turno não preocupa. Vai haver segundo turno, tenho certeza. É claro que vou crescer, assim como a Heloísa Helena [pré-candidata do PSOL à Presidência] também irá crescer", afirmou Alckmin.
De acordo com o tucano, ele esperava iniciar a campanha, a partir do mês que vem conforme o calendário do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em um patamar muito inferior.
"É difícil você ficar conhecido neste período. Pensava que começaria a disputa com apenas um dígito, em terceiro lugar", disse.
Superexposição
Ainda segundo ele, que passou o dia ontem em São Paulo, a vantagem do presidente Lula se deve ao que ele chama de "superexposição" do presidente na TV. "Eu cresci fora da televisão. Quando o horário eleitoral começar, nossa situação vai melhorar ainda mais."
O coordenador da campanha de Alckmin, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), sinalizou ontem que o pré-candidato tucano elevará o tom das críticas a Lula a partir do próximo mês.
"Quando houver contraditório, a campanha será mais ofensiva. Haverá crítica e a discussão da crítica", disse.
"Vamos aproximar Lula do PT", disse o deputado estadual Edson Aparecido (SP), um dos parlamentares mais próximos do ex-governador.
Alckmin gravou ontem programas de televisão do partido.
Ainda sobre a crise da segurança, os tucanos afirmaram acreditar terem conseguido dividir o ônus com Lula. "O presidente subiu por causa da exposição na mídia", disse o deputado federal Julio Semeghini.
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