São Paulo, quinta-feira, 25 de maio de 2006

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TODA MÍDIA

Nelson de Sá @ - nelsondesa@folhasp.com.br

"No primeiro turno"

A Globo esperou até o "Jornal Nacional" para dizer no final da escalada de manchetes:
- O instituto Datafolha divulga nova pesquisa com a preferência dos eleitores para a Presidência.
Mas a CBN, a Globo.com, o Globo Online e demais Globos passaram o dia com a Sensus e a manchete "Lula venceria no primeiro turno".
Na mesma linha foram outros telejornais ou portais -e o Google Notícias. Até sites como Congresso em Foco e Agência Nordeste, o governista Vermelho e o oposicionista Primeira Leitura.

Não demorou e as agências espalhavam.
No NYT.com, o despacho da Reuters, sob o título "Lula aumenta liderança", destacou o impacto da "violência" em Geraldo Alckmin.
No WSJ.com, a Dow Jones sublinhou a estabilidade nas intenções de voto em Lula e a perspectiva de crescimento da economia.
A Bloomberg foi na mesma linha, registrando a avaliação de um analista de Nova York -de que a recuperação em ritmo maior do que o esperado favoreceu Lula.
 
Nos blogs brasileiros, as reações foram na linha "Lula levita" ou "Lula melhor que FHC em 98", esta destacada na home do UOL.
E não tardou para Josias de Souza, Fernando Rodrigues, Ricardo Noblat e Jorge Bastos Moreno se voltarem à "crise tucano-pefelê".
Do último, citando casos de confronto aberto entre Tasso Jereissati, Jorge Bornhausen, Cesar e Rodrigo Maia, FHC, Alberto Goldman, ACM, Cláudio Lembo, Aécio Neves, Alckmin e outros:
- Eles estão se devorando... Se matando.

LULA E OS "ERROS"
Com a visita de Jacques Chirac, o Brasil foi parar na manchete do site do francês "Le Monde", com direito a entrevista sem fim com o presidente, sob o título "Como Lula administra um futuro gigante". O brasileiro falou da grande potência energética, do atrito na América Latina, do "acordo próximo" nas negociações comerciais globais. No muito pouco que se tratou do mensalão, o presidente declarou que é preciso diferenciar entre os "erros" pelos quais seu partido vai pagar na Justiça "e os crimes que os adversários atribuem ao PT".


Lula, no Lemonde.fr, se estendeu sobre Copa, Bolsa-Família etc.


CAIXEIRO-VIAJANTE
Os jornais de Paris, com "Le Monde" bem à frente, se alongaram outra vez na cobertura simpática ao Brasil, com perfil etc. Ainda assim, a atenção maior, como já se verificou antes na entrevista de Jacques Chirac ao "JN", é com o comércio. Nas manchetes francesas, é o "centro da visita". Chirac, em relação às negociações na Organização Mundial do Comércio, à Globo:
- É preciso esforço dos dois lados, um entendimento em que cada parte possa ceder. A França está pronta.

O BODE
A primeira manchete do "JN", longe de uma eventual vitória no primeiro turno, foi para o dólar.
Em submanchetes, foi um destaque por todo lado. No enunciado da Folha Online, "Dólar vai a R$ 2,40, o maior valor em nove meses". Outros sites foram mais curiosos -como no portal iG, que anunciou:
- Bode no mercado.

O QUE FAZER
O novo correspondente do "Financial Times", Jonathan Wheatley, cobrou cortes na Previdência -e até sugeriu aos investidores atenção aos "desequilíbrios do Brasil, ao realocar ativos".
Mas o destaque do jornal foi para artigo de Victor Bulmer, para o qual "as reportagens negativas da região conflitam com as tendências". E tome elogios ao Brasil.


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