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Prefeitos mandam caravanas aplaudir volta de Jackson Lago
ELVIRA LOBATO
ENVIADA ESPECIAL A SÃO LUÍS
O governador Jackson Lago
(PDT) retornou ontem ao Maranhão e foi recebido por caravanas organizadas por prefeitos aliados. Parte dos manifestantes era de funcionários públicos, da capital e do interior.
Lago estava fora desde o começo da Operação Navalha, na
qual foi acusado de ter recebido, por intermédio de dois sobrinhos, R$ 240 mil da construtora Gautama.
O governador anunciou a
suspensão de dois contratos
com a Gautama. O primeiro era
de 2000, da gestão da ex-governadora Roseana Sarney, no valor de R$ 300 milhões, para duplicação da adutora Italuís, que
abastece de água a capital. Ele
já estava suspenso, por determinação do TCU (Tribunal de
Contas da União), desde 2003.
O segundo contrato, para
construção de 119 pontes, estava em andamento, e foi assinado pelo ex-governador José
Reinaldo Tavares, aliado político de Lago. A empresa recebeu
R$ 25,4 milhões do Estado no
ano passado, e R$ 6,12 milhões
na gestão de Lago.
Jackson Lago desembarcou
no aeroporto do Tirirical, onde
grupos de militantes o aguardavam com camisetas e adesivos
atribuindo as acusações da PF a
uma suposta artimanha do ex-presidente José Sarney. Para o
deputado federal Sarney Filho,
a associação subestima a inteligência do povo maranhense.
O governador prometeu que
"a roubalheira acabou e, se não
acabou, vai acabar agora. Vamos dar uma geral tem todos os
contratos".
Durante o ato de apoio foram
distribuídas cerca de 3 mil
quentinhas, que, segundo o
pessoal encarregado do evento,
teriam sido pagas pelo PDT. O
prefeito de Caxias, no sul do Estado, Humberto Coutinho, enviou 240 pessoas a São Luís,
metade funcionários da prefeitura e o restante de movimentos sociais. Já o prefeito de Pindaré, Henrique Salgado, mandou 60 pessoas.
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