DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Pela terceira vez, o Ministério da Previdência reavaliou suas projeções para o déficit do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) neste ano e concluiu que os números serão maiores que o esperado: R$ 26,1 bilhões. Isso representa um aumento de 53,5% em relação ao resultado de 2002, quando as contas fecharam com saldo negativo de R$ 17 bilhões.
Apesar do crescimento, o secretário de Previdência Social, Helmut Schwarzer, reafirmou ontem que o governo não promoverá mudanças nas regras de aposentadoria dos trabalhadores da iniciativa privada. Ele avalia que crescimento econômico e medidas gerenciais no INSS poderão reverter a situação.
Na lei orçamentária, a estimativa de déficit para este ano era de R$ 19,6 bilhões. Ao reavaliar o Orçamento, o governo Luiz Inácio Lula da Silva elevou as projeções para R$ 23,8 bilhões. Na proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias enviada ao Congresso em abril, um novo cálculo fixou o déficit em R$ 25,7 bilhões.

Salário mínimo
Schwarzer explicou que a nova estimativa foi necessária devido ao reajuste dos benefícios previdenciários acima do salário mínimo concedido neste mês. "Estávamos esperando um reajuste de 18,37%, mas a inflação acabou ficando em 19,7% e tivemos que fazer uma nova projeção", disse.
Ontem, a Previdência divulgou o resultado das contas do INSS em maio. O déficit do mês ficou em R$ 1,799 bilhão, aumento real (acima da inflação) de 37,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Na comparação com abril deste ano, o crescimento real foi de 15,8%.
(JULIANNA SOFIA)


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