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Pré-candidatos lideraram "rebelião governista" contra mínimo menor
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A rebelião da base aliada do governo contra os R$ 260 propostos
para o salário mínimo foi patrocinada, em boa parte, por pré-candidatos a prefeito, mostra análise
da votação de anteontem na Câmara. "É claro que a tese mais
simpática era a dos R$ 275, não a
dos R$ 260, mas acredito que todos votaram pela convicção", diz
Michel Temer, candidato em São
Paulo e presidente do PMDB, partido em que a maioria dos "prefeituráveis", incluindo Temer, ou
votaram contra ou se ausentaram.
Outro exemplo é o do PL, que
teve 90,9% de sua bancada votando pelos R$ 260. A dissidência de
4 dos 44 deputados foi formada
por dois pré-candidatos a prefeito
e por Luiz Antonio Medeiros.
O caso do deputado Almeida de
Jesus (CE) é simbólico: quando
era pré-candidato em Fortaleza,
votou contra os R$ 260. Quando
deixou de ser, apoiou o governo.
"Não podia votar R$ 260 por causa da minha candidatura", diz.
Na dissidência de 4 dos 9 deputados do PC do B, a sigla do ministro Aldo Rebelo (Coordenação
Política), dois são pré-candidatos.
"Para uma pessoa ser candidata
hoje, tem que ser, no mínimo,
coerente", disse Jandira Feghali,
que concorrerá no Rio. Ela se ausentou na primeira votação e, anteontem, votou pelos R$ 275.
No PPS, rachado entre apoiar
ou se opor ao governo, dos cinco
deputados-candidatos, quatro
votaram pelos R$ 275 e um faltou.
O PSB deu apenas dois votos
contra o governo, todos de pré-candidatos -Luiza Erundina, em
São Paulo, e Gonzaga Patriota, em
Petrolina (PE). O único dissidente
do PV, Jovino Cândido, disputará
as eleições em Guarulhos.
No PT, o único a votar contra o
governo foi o pré-candidato em
Jaboatão dos Guararapes (PE),
Paulo Rubem Santiago, que trocou o voto: contra os R$ 275 na 1ª
votação e a favor anteontem.
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