São Paulo, sexta-feira, 25 de junho de 2004

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Pré-candidatos lideraram "rebelião governista" contra mínimo menor

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A rebelião da base aliada do governo contra os R$ 260 propostos para o salário mínimo foi patrocinada, em boa parte, por pré-candidatos a prefeito, mostra análise da votação de anteontem na Câmara. "É claro que a tese mais simpática era a dos R$ 275, não a dos R$ 260, mas acredito que todos votaram pela convicção", diz Michel Temer, candidato em São Paulo e presidente do PMDB, partido em que a maioria dos "prefeituráveis", incluindo Temer, ou votaram contra ou se ausentaram.
Outro exemplo é o do PL, que teve 90,9% de sua bancada votando pelos R$ 260. A dissidência de 4 dos 44 deputados foi formada por dois pré-candidatos a prefeito e por Luiz Antonio Medeiros.
O caso do deputado Almeida de Jesus (CE) é simbólico: quando era pré-candidato em Fortaleza, votou contra os R$ 260. Quando deixou de ser, apoiou o governo. "Não podia votar R$ 260 por causa da minha candidatura", diz.
Na dissidência de 4 dos 9 deputados do PC do B, a sigla do ministro Aldo Rebelo (Coordenação Política), dois são pré-candidatos. "Para uma pessoa ser candidata hoje, tem que ser, no mínimo, coerente", disse Jandira Feghali, que concorrerá no Rio. Ela se ausentou na primeira votação e, anteontem, votou pelos R$ 275.
No PPS, rachado entre apoiar ou se opor ao governo, dos cinco deputados-candidatos, quatro votaram pelos R$ 275 e um faltou.
O PSB deu apenas dois votos contra o governo, todos de pré-candidatos -Luiza Erundina, em São Paulo, e Gonzaga Patriota, em Petrolina (PE). O único dissidente do PV, Jovino Cândido, disputará as eleições em Guarulhos.
No PT, o único a votar contra o governo foi o pré-candidato em Jaboatão dos Guararapes (PE), Paulo Rubem Santiago, que trocou o voto: contra os R$ 275 na 1ª votação e a favor anteontem.


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