São Paulo, sexta-feira, 25 de junho de 2004

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Ciro critica comportamento de Freire

DA SUCURSAL DO RIO

O ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, criticou o presidente de seu partido, o PPS, deputado Roberto Freire (PE), que, durante a votação do salário mínimo, trocou ofensas com o presidente da Câmara, João Paulo (PT-SP), e quase brigou com o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ).
"Lamento que o PPS mais uma vez, agora está sendo uma vez por semana, vá para os jornais com cenas de pugilato, que, na minha opinião, são a negação da política. Somos políticos, vivemos em um país complexo, com dificuldades tremendas. Se não tivermos a serenidade, o equilíbrio e o respeito democrático a quem pensa diferente de nós, isso aqui vai virar uma baderna", afirmou.
No intervalo de uma palestra para coronéis na Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica (Campo dos Afonsos, zona oeste do Rio), o ministro acusou Freire de comandar o partido sem discussão interna.
Segundo Ciro, Freire, quando era líder do partido no Congresso, "nunca reuniu" o PPS: "Hoje, como presidente do partido, reúne frações da direção e quer, a partir daí, pilotar o comportamento da bancada sem audiência à bancada. Não é possível isso".
As cenas truculentas durante a votação do mínimo irritaram o ministro. Ele lembrou o episódio do último dia 15, quando, no encontro nacional do partido, integrantes das alas oposicionista e governista quase se atracaram. Ciro disse que, apesar das desavenças, não pretende deixar o PPS: "Não tenho esse plano".


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