São Paulo, segunda-feira, 25 de junho de 2007 |
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Painel RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br Modo de usar
Além das manobras protelatórias no Conselho de
Ética, da tática de engordar a pauta de votações do Senado e do recesso de julho, Renan Calheiros (PMDB-AL) conta com novo elemento no esforço para que seu
processo chegue a lugar nenhum: as recém-reveladas
gravações, feitas pela polícia do Distrito Federal na
Operação Aquarela, de telefonemas em que Joaquim
Roriz (PMDB-DF) supostamente negocia a partilha
de R$ 2,2 mi. A tropa de choque de Renan não admitirá de público, mas, reservadamente, aplaude as primeiras manifestações de senadores sobre o caso Roriz, quase todas defendendo a necessidade de apuração "imediata". Ou seja, simultânea à do caso Renan, e
portanto elevando o índice de dispersão do noticiário. Poder de veto. Maria Isabel, mulher de Epitácio Cafeteira (PTB-MA), não tem deixado o relator-licenciado do caso Renan assistir ao noticiário. Quando flagra o marido diante de algum telejornal, muda logo de emissora. Concessionária. Everaldo França Ferro, assessor de Renan desde 2003, teve 19 carros registrados em seu nome nos últimos sete anos. Hoje são dois. O senador comprou de seu auxiliar um Mitsubishi. Agulhas. Geraldo Alckmin iniciou na sexta curso de pós-graduação em medicina oriental no Hospital do Servidor Público de São Paulo. O tucano, anestesista de formação, pretende no futuro conciliar suas outras atividades com a prática da acupuntura. "A política brasileira anda muito estressada", diz. Placar. Segundo balanço a ser divulgado hoje pelo TSE, correm no tribunal ações de cassação de diploma eleitoral contra quatro senadores e 25 deputados federais.
All-business. Hugo Chávez queixou-se ao Palácio do
Planalto: diz que agora, quando José Dirceu vai à Venezuela, só quer tratar de negócios. Tiro no pé. O PSDB está em polvorosa com a criação da CPI da Anatel. O partido acha que foi pego numa cilada para investigar a privatização das teles. Tucanos como José Aníbal, que era líder do governo FHC, e Edson Aparecido, ex-assessor de Sérgio Motta, assinaram o requerimento. Vai dar pau. O presidente do PSDB, Tasso Jereissati, pretende aprovar na Executiva a obrigatoriedade de que alianças nos 250 maiores municípios do país, em 2008, sejam aprovadas pelos diretórios estaduais. A proposta foi descartada pelo deputado federal Arnaldo Madeira (SP), que a considera "utópica". Alma do negócio. O PT também quer garantir que coligações locais passem pelo crivo dos dirigentes no Estado. A seção paulista determinou o lançamento de candidaturas próprias em todas as cidades onde haverá horário eleitoral de TV, a fim de reforçar a marca do partido.
Polêmicas. O deputado estadual Rui Falcão (PT-SP), do
grupo de Marta Suplicy, defenderá no congresso do partido, em agosto, não apenas o
voto em lista fechada, que recentemente dividiu a bancada
na Câmara, como teto de dois
mandatos consecutivos para
os parlamentares, outra proposta que promete causar barulho dentro da sigla.
Contraponto
Na última reunião da Comissão de Constituição e Justiça do Senado que comandou antes de ser hospitalizado no
Incor, em São Paulo, Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA) fazia graça com a vasta e desalinhada cabeleira de
Wellington Salgado (PMDB-BA), um dos hits da Casa: |
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