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Dantas pode ajudar em ação contra Protógenes
Delegado será julgado por vazamento de informações
ANA FLOR
DA REPORTAGEM LOCAL
Advogados do banqueiro Daniel Dantas, preso na Operação
Satiagraha, poderão ter a chance de atuar na acusação contra
o delegado da Polícia Federal
afastado Protógenes Queiroz
-mentor das investigações que
levaram à prisão do banqueiro
em julho de 2008.
A defesa de Dantas solicitou
ao juiz da 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo, Ali Mazloum, responsável pelo processo que investiga o vazamento de informações da Satiagraha, para atuar como assistente
do Ministério Público Federal
na acusação contra o delegado.
Em maio, Mazloum transformou Protógenes em réu.
Fizeram pedido semelhante
Humberto Braz, ex-diretor da
Brasil Telecom, e o advogado
Luiz Eduardo Greenhalgh. Segundo a PF, Braz participou da
tentativa de suborno a um delegado da polícia. Já Greenhalgh,
segundo conclusões da Satiagraha, atuou como lobista de
Dantas no governo.
A Folha apurou que, pelo
menos no caso de Dantas, é
certa a aceitação do pedido por
parte do juiz.
As solicitações têm base no
artigo 268 do Código Penal,
que permite ao "ofendido ou a
seu representante legal" pleitear a admissão no processo
como assistente da Procuradoria, a quem cabe a acusação.
Dantas, que foi condenado a
dez anos de prisão mais multa
pela tentativa de suborno, sustenta que foi vítima de escutas
ilegais (sem autorização judicial), de ser seguido por policiais e de ter conversas telefônicas tornadas públicas.
Mazloum enviou o caso para
apreciação do Ministério Público. Mas, mesmo que os procuradores desaconselhem, o
juiz poderá deferir o pedido de
uma ou de todas as partes.
Protógenes foi transformado
em réu no final de maio e será
julgado por crimes de vazamento de informação sigilosa e
fraude processual durante a
Satiagraha. À época, respondeu
ter certeza de sua absolvição.
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