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OUTRO LADO
Presidente de entidade nega irregularidades
DA REPORTAGEM LOCAL
A presidente da Occa, Maria
Inês da Silva, afirmou ontem
que as acusações de irregularidades no projeto são "inverídicas". Segundo ela, cerca de
1.500 crianças participam, todos os finais de semana, de atividades culturais e esportivas
promovidas pela ONG.
"Estou indignada", disse Maria Inês, que confirmou ter trabalhado para o vereador Vicente Cândido. "Mas ele se desligou da Occa há muito tempo e
não participa de mais nada do
que ocorre aqui", afirmou.
Segundo ela, o projeto "50
horas de cultura e esporte contra a violência urbana" tem 32
oficinas culturais. Os eventos
ocorrem em uma praça do
bairro ou no Centro de Convivência Natália Pedroso, com a
autorização da Prefeitura de
São Paulo.
"A pessoa que faz a suposta
denúncia participou do nosso
projeto por cerca de um mês e
sua saída já foi problemática",
declarou ela.
O petista Vicente Cândido informou, por meio de sua assessoria, não ter mais nenhuma ligação com a ONG que fundou,
apesar de o grupo ser presidido
por uma ex-funcionária sua.
A assessoria declarou ainda
que Vicente Cândido não teve
acesso ao procedimento investigatório da Promotoria. O vereador não aceitou conversar
por telefone com a reportagem.
A Enterpa afirmou, por meio
de sua assessoria, não ter sido a
única beneficiada com a contração emergencial e que a empresa não pode ser punida por
ter doado dinheiro a uma organização cultural.
Com relação à aplicação efetiva da verba, segundo a empresa, isso cabe à própria beneficiada, no caso, a Occa.
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