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Marisa faz seu 1º
discurso e batiza
navio, que encalha
DO ENVIADO ESPECIAL A ITAJAÍ (SC)
Batizado pela primeira-dama, Marisa Letícia Lula da
Silva, o navio de longas distâncias Metaltanque 6 encalhou parcialmente na sua estréia nas águas.
O atraso de três horas do
presidente Luiz Inácio Lula
da Silva na sua chegada a Itajaí -em razão de uma forte
neblina que não permitia
vôo de aeronaves- fez que
a comitiva oficial só pousasse na cidade quando a maré
começava a baixar.
A primeira-dama acionou
botão de um aparelho que
jogava uma garrafa de
champanhe no casco do navio e soltava as fundações
que o mantinham no solo,
levando-o assim para as
águas do rio Itajaí-açu.
Como a cerimônia -prevista para as 11h, ainda durante a maré alta, só começou as 14h, já na maré baixa- a proa do navio permaneceu em terra, após ter sido
lançado às águas.
Rebocadores foram usados para desencalhar o navio, que tem 123,90 metros
de comprimento e pesa
8.750 toneladas. Será usado
no transporte de gases liquefeitos de petróleo.
Durante o batismo, Marisa
fez uma declaração curta ao
microfone, mas se recusou a
ler um texto deixado pelos
organizadores no púlpito
em que ela estava.
"Estou muito emocionada
por batizar esse navio. Quero desejar toda a sorte à sua
gente. Não vou ler isso que
está aqui não", afirmou ao
microfone, rindo, ao lado do
presidente Lula e do dono
do estaleiro, Frank Vaslak.
Foi a estréia da primeira-dama em pronunciamentos
públicos.
Neblina
Lula chegou a Florianópolis às 10h, vindo de Brasília.
Mas não havia condições de
visibilidade para que voasse
de helicóptero da capital de
Santa Catarina até Itajaí -a
cerca de 100 km de distância.
O presidente ficou três horas na sala vip da TAM no
aeroporto de Florianópolis,
esperando condições melhores do tempo. Chegou a
discutir a possibilidade de
viajar de carro, mas foi desaconselhado porque poderia
ter de passar por cerca de
300 servidores públicos que
protestavam contra a reforma da Previdência.
Às 13h10, os oficiais da Aeronáutica que pilotam o helicóptero de Lula afirmaram
que havia condições de vôo,
apesar da visibilidade baixa.
O presidente então iniciou
sua visita ao Estado com três
horas de atraso. Cancelou
um almoço que participaria
para compensar e fez sua refeição no helicóptero presidencial.
(PF)
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