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Empresário diz ter ajudado deputado a comprar BMW
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O deputado Wanderval Santos (PL-SP), absolvido pela Câmara no escândalo do mensalão, teria sido presenteado pela
quadrilha dos sanguessugas
com uma prestação de R$ 50
mil de um automóvel BMW.
A acusação foi feita pelo empresário Luiz Antonio Trevisan
Vedoin, apontado pela Polícia
Federal como chefe da máfia
das ambulâncias, em depoimento à Justiça Federal.
Na semana passada, o vice-presidente da CPI, Raul Jungmann (PPS-PE), havia informado que alguns parlamentares ligados ao esquema de venda de veículos superfaturados a
prefeituras haviam recebido
propina na forma de presentes.
Além de Wanderval, o deputado licenciado Lino Rossi (PP-MT) e o senador Magno Malta
(PL-ES) também teriam sido
agraciados com automóveis.
No caso de Rossi, o documento
do veículo (não identificado)
estaria no nome do parlamentar. No caso de Malta, um Fiat
Ducato teria sido dado a pessoa
indicada por ele. Vedoin disse
ainda que o BMW de Wanderval teria sido trazido ao país pela importadora BSB Import.
Por meio de sua assessoria,
Wanderval disse que pagou
parte do carro com dinheiro
que pegou emprestado de um
amigo e que teria como provar.
Os parlamentares que compõem a CPI dos Sanguessugas
também estão debruçados sobre a atuação dos acusados nas
comissões permanentes da Câmara e do Senado. Na CPI criada para investigar o tráfico de
armas, por exemplo, há, entre
os 43 integrantes titulares e suplentes, 8 citados na investigação sobre os sanguessugas.
(ADRIANO CEOLIN, LEONARDO SOUZA E RANIER BRAGON)
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