São Paulo, terça-feira, 25 de julho de 2006

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Empresário diz ter ajudado deputado a comprar BMW

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O deputado Wanderval Santos (PL-SP), absolvido pela Câmara no escândalo do mensalão, teria sido presenteado pela quadrilha dos sanguessugas com uma prestação de R$ 50 mil de um automóvel BMW.
A acusação foi feita pelo empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin, apontado pela Polícia Federal como chefe da máfia das ambulâncias, em depoimento à Justiça Federal.
Na semana passada, o vice-presidente da CPI, Raul Jungmann (PPS-PE), havia informado que alguns parlamentares ligados ao esquema de venda de veículos superfaturados a prefeituras haviam recebido propina na forma de presentes.
Além de Wanderval, o deputado licenciado Lino Rossi (PP-MT) e o senador Magno Malta (PL-ES) também teriam sido agraciados com automóveis. No caso de Rossi, o documento do veículo (não identificado) estaria no nome do parlamentar. No caso de Malta, um Fiat Ducato teria sido dado a pessoa indicada por ele. Vedoin disse ainda que o BMW de Wanderval teria sido trazido ao país pela importadora BSB Import.
Por meio de sua assessoria, Wanderval disse que pagou parte do carro com dinheiro que pegou emprestado de um amigo e que teria como provar.
Os parlamentares que compõem a CPI dos Sanguessugas também estão debruçados sobre a atuação dos acusados nas comissões permanentes da Câmara e do Senado. Na CPI criada para investigar o tráfico de armas, por exemplo, há, entre os 43 integrantes titulares e suplentes, 8 citados na investigação sobre os sanguessugas.
(ADRIANO CEOLIN, LEONARDO SOUZA E RANIER BRAGON)

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