São Paulo, terça-feira, 25 de julho de 2006

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CPI quer expulsar senador do PT que ajudou suspeita

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O senador Sibá Machado (PT-AC) corre o risco de ser representado no Conselho de Ética por quebra de decoro. Ele é acusado de permitir que um assessor da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) acompanhasse o depoimento à CPI dos Sanguessugas do empresário Darci Vedoin -apontado como líder da quadrilha investigada.
O vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), levantou ontem a hipótese de processar Sibá, mas quer esclarecer melhor o caso. "Se é verdade, é claro que é uma falta e tem que ser punida" disse ele.
A informação de que um assessor da senadora foi à reunião foi revelada ontem pela Folha.
A presença dele foi observada pelos integrantes da CPI perto do fim do depoimento de Vedoin, que disse que Serys também apresentou emendas para a compra de ambulâncias.
Integrantes da CPI suspeitam que Serys e Sibá já sabiam que Darci citaria o nome dela, por isso fizeram com que um assessor fosse à reunião.
No depoimento que concedeu à Justiça Federal do Mato Grosso, Luiz Antonio Vedoin, filho de Darci e também apontado pela PF como líder da quadrilha, disse que pagou R$ 35 mil a uma pessoa identificada como Paulo Roberto, que seria genro da senadora. Serys nega qualquer participação.
Procurado pela Folha em seu gabinete, Sibá Machado não foi encontrado ontem para comentar a acusação.
A Folha apurou que Sibá irá argumentar que o depoimento de Darci Vedoin não ocorreu em "reunião secreta", mas sim em "reunião reservada", que permite a participação de assessores de parlamentares.


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