São Paulo, sexta-feira, 25 de julho de 2008

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TODA MÍDIA

NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br



"Povo do mundo"

O "New York Times" entrou com vídeo da MSNBC, o Drudge com a CBS, o Huffington Post com a CNN. Era o discurso de Barack Obama em Berlim, como John Kennedy em 1963. Depois o "NYT" ressaltou do discurso as "relações com a Europa", mais o "mar de gente". Drudge deu de manchete "Parada do amor", mais, como o HuffPost acima, "Povo de Berlim - povo do mundo - este é o nosso momento. A nossa hora".
"Washington Post" e "Wall Street Journal", mais conservadores, destacaram "unidade contra o terror".

OBAMA LÁ E CÁ
spiegel.de/spiegel
O comício global fez manchete também por aqui, com destaque para os "200 mil", por Globo Online, "Jornal Nacional" etc. No site da alemã "Der Spiegel", cuja edição proclamou Obama "superstar", o editor de exterior ironizou que ele "vai se tornar o 44º presidente dos EUA", afinal, "é mais do que ambicioso -ele quer ser o presidente do mundo"

DEPRESSÃO
economist.com
Na manchete à noite, no site da "Economist", "Obamamania toma a Europa", sublinhando o "discurso bem-sucedido para a multidão em massa" de Berlim.
Em contraste, a nova capa da revista, que saiu horas antes (dir.), fala da "América infeliz".
Mais: "glum", melancólica, "uma nação batida" que hoje lamenta a guerra, a crise de crédito imobiliário, que teme ser ultrapassada pela China, que se vê em "declínio". Pode até estar, afirma o editorial da revista para animar a América, mas demora um pouco.

MANDELSON/SARKOZY
Via France Presse, Nicholas Sarkozy ameaçou não assinar o acordo de Doha. Mas pela mesma agência o comissário europeu de comércio, o inglês Peter Mandelson, "deu de ombros" e disse ter mandato para negociar pela Europa. Mais até, no "International Herald Tribune", vislumbrou um acordo "potencialmente mais próximo do que nunca".

AMORIM/STEPHANES
O ministro da Agricultura, também contra o acordo, a exemplo de Sarkozy, detonou a Rodada Doha e o próprio chanceler brasileiro, ontem em "O Estado de S. Paulo". Repercutiu até no "Economic Times", da Índia. Na BBC Brasil, Celso Amorim reagiu com ironia ao lobby, dizendo que "ele deve achar que eu estou me divertindo, aqui".

A CHAVE
wsj.com
O "WSJ" perfilou Kamal Nath, um aliado de Amorim e representante da Índia nas negociações. Avalia que seu papel é "chave" e sublinha que ele nega desejar o fracasso de Doha -dizendo estar "keen", ansioso pelo acordo comercial global, "mas não em prejuízo de milhões de pobres"

IMPRENSA EMERGENTE
O "NYT" noticiou discretamente ontem que seu lucro líqüido no segundo trimestre caiu de US$ 118 milhões em 2007 para US$ 21 milhões este ano. Já a "Economist" deu que "pode não servir de consolo aos escrevinhadores do mundo rico, mas em muitos países em desenvolvimento a imprensa está bombando" (booming). Aqui, por exemplo.


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@ - Nelson de Sá



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