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São Paulo, segunda-feira, 25 de agosto de 2003

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PAINEL

Sob encomenda
Lula e Antonio Palocci Filho (Fazenda) avisaram ao Copom que querem a taxa Selic no final do ano entre 15% e 16%. Para isso, ela deve cair entre 1,5 e 2 pontos percentuais a cada reunião.

Otimismo programado
O governo avisou ao Copom que, até o final do ano, só haverá boas notícias, como o controle da inflação e a aprovação das reformas. Com juros mais baixos, isso daria condições de o país voltar a crescer em 2004.

Obra incompleta
O PT inauguraria nesta semana a sua nova sede nacional, em Brasília. Mas teve de adiar o evento, pois não havia banheiro para deficientes físicos. A reforma adicional custou R$ 25 mil.

Breque no samba
Martinho da Vila pediu a Gilberto Gil (Cultura) verba da União para construir um centro cultural em Vila Isabel, no Rio. O ministro, que sonha com mais recursos no Orçamento-04, prometeu para o ano que vem.

Pedido pessoal
O ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros vai explicar à Comissão de Desenvolvimento Urbano as privatizações da era FHC. Pediu a Walter Feldmann (PSDB-SP) que o convocasse. Mendonça quer responder às críticas que Carlos Lessa (BNDES) fez na comissão.

Torcida em família
Ciro Gomes (Integração Nacional) teve sua pré-candidatura à Prefeitura de Fortaleza lançada por seu irmão Cid Gomes (PPS), na semana passada. Em Brasília, o ministro tem prometido não disputar nenhum pleito até o fim do mandato de Lula.

Reação dividida
O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante, propôs enquete sobre as negociações da Previdência: 39,3% acham que o governo "foi intransigente". E 29,2%, que "cedeu demais e descaracterizou a reforma".

Terra dividida
Sem recursos para grandes investimentos em reforma agrária, o governo federal vai propor um acordo com os Estados. A União desapropriaria as terras para os assentamentos e os governadores garantiriam a infra-estrutura, como iluminação, água e transportes.

Questão de ordem
O Ministério da Justiça liberou R$ 32 milhões para a polícia do Rio investir em perícia técnica. O acordo prioriza as investigações de assassinatos mais recentes. Atualmente, têm preferência os casos mais antigos.

Acabou o giz
Reitores de universidades federais disseram a Cristovam Buarque (Educação) que as verbas liberadas neste ano já se esgotaram. E que, sem a emenda de R$ 85 mi, contingenciada, faltará dinheiro para o custeio do ensino superior. Isto é, para pagar luz, água e telefone.

Prioridade zero
Depois de oito meses, o governo federal libera aos Estados o primeiro repasse do Fundo de Segurança Pública. São R$ 250 milhões para 19 governadores.

Novos estudos
Com o aval da presidência da Câmara, deputados do PT visitarão a China e a Europa no início de setembro para estudar as restrições comerciais impostas aos produtos transgênicos.

Movimentos retomados
Praticamente recuperado do acidente que quase o matou, o bispo dom Mauro Morelli está fazendo planos para quando deixar o hospital. Pediu a Marcelo Rezende, presidente do Incra, uma agenda de visitas a acampamentos de sem-terra.

Mais um estudo
O Ministério da Justiça contratou a Fundação Getúlio Vargas, no Rio e em SP, para fazer um diagnóstico do Judiciário brasileiro. A partir do resultado, o ministro Márcio Thomaz Bastos irá elaborar seu projeto de reforma, a ser enviado ao Congresso.

TIROTEIO

Do deputado Luiz Antonio Fleury Filho (PTB-SP), sobre as contratações irregulares na Secretaria da Cultura paulista:
-O Ministério Público age com dois pesos e duas medidas. Quando se trata da Cultura, faz acordo de ajuste. Com o Baneser, move ação de improbidade.

CONTRAPONTO

Reprise no rodízio

Ao comparar seus críticos a um freguês apressado de churrascaria de rodízio ("come tudo quanto é maionese e, quando chega a carne nobre, já está com o bucho cheio"), Lula reavivou histórias na Câmara.
Deputados que acompanharam no início do mês a passagem pelo Brasil do cineasta norte-americano Francis Ford Coppola, diretor da trilogia "O Poderoso Chefão", lembraram-se de uma cena curiosa.
Em Foz do Iguaçu, ele foi recebido com um churrasco à moda gaúcha, no qual três peças de costela foram assadas com espetos no chão. Coppola estranhou o método, mas depois de provar a carne repetiu cinco vezes.
No dia seguinte, após andar por quatro horas em Itaipu, Coppola foi levado a um restaurante. Pediu ao garçom:
-Quero aquela carne que sobrou de ontem. Você pode esquentá-la no forno?


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