São Paulo, quarta-feira, 25 de agosto de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ATO HISTÓRICO

Durante performance no centro do Rio, diretor de teatro tira barba

Zé Celso encena carta-testamento

DA SUCURSAL DO RIO

Os 50 anos da morte de Getúlio Vargas foram lembrados ontem, no Rio, com atividades no Palácio do Catete -local do suicídio- e com a abertura ao público, na Glória, de um memorial orçado em R$ 5,9 milhões. A homenagem mais emocionante ocorreu na Cinelândia, debaixo de chuva e em meio a moradores de rua.
O diretor teatral José Celso Martinez Corrêa comoveu o público (cerca de 200 pessoas) ao interpretar a carta-testamento de Vargas.
"Getúlio foi o responsável pelos dez anos mais felizes da minha vida. Se o golpe militar tivesse acontecido em 1954, eu não teria tido a formação que tive, nem teria acontecido o Oficina, o Cinema Novo, tudo o que houve nos dez anos seguintes", disse o diretor.
O diretor, de propósito, trocou o final da carta e disse: "Saio da história para entrar na vida". Depois, simbolizou o tiro no coração e caiu. Um barbeiro, então, raspou sua longa barba.
"Tirei a aparência de Papai Noel para ficar como o pai dos pobres", disse. No evento, organizado pelo PDT, não faltaram loas de Zé Celso ao candidato do partido a prefeito, Nilo Batista.
No Palácio do Catete, hoje Museu da República, foi aberta a exposição "Getúlio: Presidente do Brasil". Ontem, a Câmara Municipal de São Borja (RS), cidade onde Vargas nasceu, inaugurou um busto em homenagem ao cidadão ilustre. (LUIZ FERNANDO VIANNA)


Texto Anterior: Vargas, 50 anos: Reforma de Lula mataria Getúlio, diz ministro
Próximo Texto: Congresso: Calheiros rejeita acordo e mantém racha
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.