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ATO HISTÓRICO
Durante performance no centro do Rio, diretor de teatro tira barba
Zé Celso encena carta-testamento
DA SUCURSAL DO RIO
Os 50 anos da morte de Getúlio Vargas foram lembrados ontem, no Rio, com atividades no
Palácio do Catete -local do suicídio- e com a abertura ao público, na Glória, de um memorial orçado em R$ 5,9 milhões. A
homenagem mais emocionante
ocorreu na Cinelândia, debaixo
de chuva e em meio a moradores de rua.
O diretor teatral José Celso
Martinez Corrêa comoveu o público (cerca de 200 pessoas) ao
interpretar a carta-testamento
de Vargas.
"Getúlio foi o responsável pelos dez anos mais felizes da minha vida. Se o golpe militar tivesse acontecido em 1954, eu
não teria tido a formação que tive, nem teria acontecido o Oficina, o Cinema Novo, tudo o que
houve nos dez anos seguintes",
disse o diretor.
O diretor, de propósito, trocou o final da carta e disse: "Saio
da história para entrar na vida".
Depois, simbolizou o tiro no coração e caiu. Um barbeiro, então, raspou sua longa barba.
"Tirei a aparência de Papai
Noel para ficar como o pai dos
pobres", disse. No evento, organizado pelo PDT, não faltaram
loas de Zé Celso ao candidato do
partido a prefeito, Nilo Batista.
No Palácio do Catete, hoje
Museu da República, foi aberta
a exposição "Getúlio: Presidente
do Brasil". Ontem, a Câmara
Municipal de São Borja (RS), cidade onde Vargas nasceu, inaugurou um busto em homenagem ao cidadão ilustre.
(LUIZ FERNANDO VIANNA)
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