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Principal ramo da Assembléia de Deus decide dar apoio a presidenciável tucano
FABIANE LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL
Após dois meses de discussão, o principal ramo da Assembléia de Deus - maior igreja evangélica do país -decidiu
apoiar Geraldo Alckmin
(PSDB) para a Presidência da
República.
O anúncio deverá acontecer
em Brasília na semana que
vem, segundo informou à reportagem um dos integrantes
da cúpula política da Convenção Geral das Assembléias de
Deus no Brasil. Em 2002, a
convenção apoiou o PSDB no
segundo turno.
A igreja não quis falar oficialmente sobre o apoio porque
aguarda o candidato confirmar
a data da cerimônia. A idéia é
levar à capital federal o presidente da convenção, José Wellington Bezerra da Costa, além
de outros 46 representantes do
principal ramo da igreja, cuja
sede fica em São Paulo. Uma
cartilha sobre o apoio será distribuída para os fiéis.
De acordo com o Censo de
2000, os seguidores da Assembléia de Deus somam 8,4 milhões de pessoas. A igreja diz
que o número de fiéis já chega a
17 milhões, 70% deles seguidores das orientações da Convenção Geral. O segundo ramo
mais importante da igreja, que
tem sede no Rio, diz que não irá
manifestar apoio a candidatos.
O fato de Alckmin ser um católico praticante, que fazia reuniões semanais com integrantes da Opus Dei -prelazia da
Igreja Católica-,não é problema para obter apoio, dizem os
pastores. O envolvimento do
PT com escândalos de corrupção foi o que levou ao apoio a
Alckmin, afirmam.
A última pesquisa do Datafolha, no entanto, aponta que o
esforço da igreja terá de ser
grande. A maioria dos que se
declaram evangélicos pentecostais (45%) -corrente da Assembléia- diz que votará em
Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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