São Paulo, sábado, 25 de agosto de 2007

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Livro diz que "enfrentamento produziu vítimas" militares

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O livro da comissão de mortos e desaparecidos reconhece que as "organizações político-militares adotaram táticas de assalto a bancos, seqüestro de diplomatas estrangeiros para resgatar presos políticos, atentados a quartéis e outras modalidades de enfrentamento, o que, por sua vez, também produziu inúmeras vítimas entre os agentes dos órgãos de segurança e do Estado".
Na apresentação, os signatários da obra, o secretário dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, e o presidente da comissão, Marco Antonio Rodrigues Barbosa, afirmam que o trabalho não tem "nenhum espírito de revanchismo ou nostalgia do passado", mas dizem que "o silêncio e a omissão funcionarão, na prática, como barreira para a superação de um passado que ninguém quer de volta".
Vannuchi e Barbosa citam "o direito milenar e sagrado [dos familiares] de sepultar seus entes queridos".
Eles dizem ainda que o lançamento do livro na semana de 28 anos da Lei da Anistia "sinaliza a busca de concórdia, o sentimento de reconciliação e os objetivos humanitários que moveram os 11 anos de trabalho da comissão". (KA)


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