São Paulo, segunda-feira, 25 de agosto de 2008

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Jandira acusa Paes de usar estrutura do Estado no Rio

Peemedebista, que tem 17%, não comenta ataque

ANA CAROLINA DE SOUZA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

O novo quadro eleitoral no Rio, com a disputa equilibrada entre três candidatos, revelado pelo Datafolha no fim de semana, aumentou a temperatura da campanha. Jandira Feghalli (PC do B) acusou ontem Eduardo Paes (PMDB) de usar a estrutura do governo do Estado em campanha na TV.
Jandira se referia a um vídeo divulgado no horário político em que Paes aparece dentro de uma UPA (unidade de pronto-atendimento), anunciando seus projetos para a saúde. "Tem outdoor do governo do Estado espalhado pela cidade falando de UPA e o Eduardo Paes filmou propaganda política dentro de uma UPA. Gravar campanha em espaço público é ilegal, o TRE [Tribunal Regional Eleitoral] tem que cuidar disso. É uso indevido da estrutura pública", disse Jandira, que participou de debate sobre educação ao lado de Paulo Ramos (PDT), Eduardo Serra (PCB) e Chico Alencar (PSOL).
As UPAs são o principal projeto do governo Sérgio Cabral (PMDB) para a saúde.
Paes não quis comentar as acusações. "Eu trato da minha eleição, o que os outros candidatos pensam compete somente a eles", disse.
O candidato do PMDB virou alvo de Jandira (que tem 15%) após subir quatro pontos percentuais na pesquisa e chegar a 17%. Como o senador Marcelo Crivella (PRB) perdeu cinco pontos e chegou a 20%, os três estão tecnicamente empatados na corrida pela prefeitura. A margem de erro é de três pontos percentuais.
Durante corpo-a-corpo no Aterro do Flamengo, na zona sul, Paes comentou o resultado do Datafolha. "É fruto da maneira como estamos conduzindo a campanha, mostrando os problemas da cidade e apresentando soluções", disse.
Embolado na disputa com Jandira e Paes, Crivella falou sobre a pesquisa encomendada pela Folha em parceria com a TV Globo. "Esses números só fazem aumentar minha responsabilidade em relação à expectativa dos cariocas". Crivella, que não teve agenda de rua ontem, caiu de 24% para 20% em relação à pesquisa de julho.
"A eleição está absolutamente indefinida, não tem favoritismo. O que vai fazer a diferença é madrugar, militar, desafiar os outros candidatos a debater questões importantes", afirmou Alencar que, segundo o Datafolha, tem 4%, como Alessandro Molon (PT). "O resultado confirmou o que já sabíamos: os números mudam por conta do programa eleitoral gratuito", disse Molon, que fez campanha na zona oeste. Fernando Gabeira, que tem 8%, e Solange Amaral (7%) não retornaram ligações da Folha.


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