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Jandira acusa Paes de usar estrutura do Estado no Rio
Peemedebista, que tem 17%, não comenta ataque
ANA CAROLINA DE SOUZA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
O novo quadro eleitoral no
Rio, com a disputa equilibrada
entre três candidatos, revelado
pelo Datafolha no fim de semana, aumentou a temperatura da
campanha. Jandira Feghalli
(PC do B) acusou ontem Eduardo Paes (PMDB) de usar a estrutura do governo do Estado
em campanha na TV.
Jandira se referia a um vídeo
divulgado no horário político
em que Paes aparece dentro de
uma UPA (unidade de pronto-atendimento), anunciando
seus projetos para a saúde.
"Tem outdoor do governo do
Estado espalhado pela cidade
falando de UPA e o Eduardo
Paes filmou propaganda política dentro de uma UPA. Gravar
campanha em espaço público é
ilegal, o TRE [Tribunal Regional Eleitoral] tem que cuidar
disso. É uso indevido da estrutura pública", disse Jandira,
que participou de debate sobre
educação ao lado de Paulo Ramos (PDT), Eduardo Serra
(PCB) e Chico Alencar (PSOL).
As UPAs são o principal projeto do governo Sérgio Cabral
(PMDB) para a saúde.
Paes não quis comentar as
acusações. "Eu trato da minha
eleição, o que os outros candidatos pensam compete somente a eles", disse.
O candidato do PMDB virou
alvo de Jandira (que tem 15%)
após subir quatro pontos percentuais na pesquisa e chegar a
17%. Como o senador Marcelo
Crivella (PRB) perdeu cinco
pontos e chegou a 20%, os três
estão tecnicamente empatados
na corrida pela prefeitura. A
margem de erro é de três pontos percentuais.
Durante corpo-a-corpo no
Aterro do Flamengo, na zona
sul, Paes comentou o resultado
do Datafolha. "É fruto da maneira como estamos conduzindo a campanha, mostrando os
problemas da cidade e apresentando soluções", disse.
Embolado na disputa com
Jandira e Paes, Crivella falou
sobre a pesquisa encomendada
pela Folha em parceria com a
TV Globo. "Esses números só
fazem aumentar minha responsabilidade em relação à expectativa dos cariocas". Crivella, que não teve agenda de rua
ontem, caiu de 24% para 20%
em relação à pesquisa de julho.
"A eleição está absolutamente indefinida, não tem favoritismo. O que vai fazer a diferença é madrugar, militar, desafiar os outros candidatos a
debater questões importantes", afirmou Alencar que, segundo o Datafolha, tem 4%, como Alessandro Molon (PT). "O
resultado confirmou o que já
sabíamos: os números mudam
por conta do programa eleitoral gratuito", disse Molon, que
fez campanha na zona oeste.
Fernando Gabeira, que tem
8%, e Solange Amaral (7%) não
retornaram ligações da Folha.
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