|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
foco
Pijama que Getúlio usava quando se suicidou volta a ser exposto em museu
FÁBIO GRELLET
DA SUCURSAL DO RIO
"E atenção: acaba de suicidar-se em seus aposentos no
Palácio do Catete o presidente Getúlio Vargas." Foi
assim que, na manhã de 24
de agosto de 1954, o "Repórter Esso" anunciou pelo rádio a morte do então presidente, ocorrida às 8h26.
Ontem, 55 anos após saber
da morte de Vargas pelo rádio, o farmacêutico Paulo
Queiroz Marques, 88, conheceu o quarto onde ele se suicidou, no Palácio do Catete.
Atualmente o prédio abriga o Museu da República,
que normalmente abre de
terça a domingo, mas funcionou ontem devido ao aniversário da morte de Vargas. E
Marques, que mora em São
Paulo, aproveitou uma visita
ao Rio com familiares para
conhecer o museu.
"Lembro-me de [Carlos]
Lacerda, que fazia oposição a
Vargas, do atentado [contra
Lacerda na rua Tonelero, em
Copacabana] e da comoção
nacional que o suicídio do
presidente provocou", relembra o farmacêutico, que
dá nome a um museu de
ciências farmacêuticas que
ajudou a criar, localizado na
Santa Casa de São Paulo.
No quarto de Vargas, que
Marques visitou, os móveis
continuam dispostos da forma como estavam na última
noite de vida do então presidente. Ontem, o pijama de
seda que Vargas vestia ao se
suicidar voltou ao acervo.
Ele havia sido retirado em
dezembro, para uma restauração que custou R$ 14 mil.
"Ainda dá para ver as manchas de sangue", surpreendeu-se a universitária Marília Teixeira, 23, que também
conheceu o museu ontem.
Segundo Beth Abel, coordenadora da área de museologia do Museu da República, o prédio foi visitado por
50 mil pessoas em 2008.
Neste ano, até o fim de junho, foram 33 mil visitantes.
Os ingressos custam R$ 6,
mas às quartas e aos domingos a entrada é grátis.
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: STF nega pedido de Marcos Valério para reaver o passaporte Índice
|