São Paulo, terça-feira, 25 de agosto de 2009

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Pijama que Getúlio usava quando se suicidou volta a ser exposto em museu

FÁBIO GRELLET
DA SUCURSAL DO RIO

"E atenção: acaba de suicidar-se em seus aposentos no Palácio do Catete o presidente Getúlio Vargas." Foi assim que, na manhã de 24 de agosto de 1954, o "Repórter Esso" anunciou pelo rádio a morte do então presidente, ocorrida às 8h26.
Ontem, 55 anos após saber da morte de Vargas pelo rádio, o farmacêutico Paulo Queiroz Marques, 88, conheceu o quarto onde ele se suicidou, no Palácio do Catete.
Atualmente o prédio abriga o Museu da República, que normalmente abre de terça a domingo, mas funcionou ontem devido ao aniversário da morte de Vargas. E Marques, que mora em São Paulo, aproveitou uma visita ao Rio com familiares para conhecer o museu.
"Lembro-me de [Carlos] Lacerda, que fazia oposição a Vargas, do atentado [contra Lacerda na rua Tonelero, em Copacabana] e da comoção nacional que o suicídio do presidente provocou", relembra o farmacêutico, que dá nome a um museu de ciências farmacêuticas que ajudou a criar, localizado na Santa Casa de São Paulo.
No quarto de Vargas, que Marques visitou, os móveis continuam dispostos da forma como estavam na última noite de vida do então presidente. Ontem, o pijama de seda que Vargas vestia ao se suicidar voltou ao acervo. Ele havia sido retirado em dezembro, para uma restauração que custou R$ 14 mil.
"Ainda dá para ver as manchas de sangue", surpreendeu-se a universitária Marília Teixeira, 23, que também conheceu o museu ontem.
Segundo Beth Abel, coordenadora da área de museologia do Museu da República, o prédio foi visitado por 50 mil pessoas em 2008. Neste ano, até o fim de junho, foram 33 mil visitantes. Os ingressos custam R$ 6, mas às quartas e aos domingos a entrada é grátis.


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