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OUTRO LADO
PT diz que analisará situação
DA REPORTAGEM LOCAL
A candidata do PT à prefeitura,
Marta Suplicy, afirma que antes
de conhecer a situação financeira
da administração não pode definir as metas para seus projetos sociais, incluindo o "Começar de
Novo".
"Nosso compromisso é o de implantar e aplicar o nosso programa de governo ao longo dos quatro anos de mandato. Para a definição das metas do primeiro ano
de gestão, precisamos, antes de
mais nada, conhecer a proposta
orçamentária da prefeitura, que
somente se tornará pública a partir do dia 30 de setembro", afirmou, em resposta por escrito a
perguntas enviadas previamente
pela Folha.
Marta afirma que iniciará o programa já no primeiro ano de seu
eventual mandato.
"No Programa Começar de Novo, além de parcerias com empresários, vamos buscar acordo com
centrais sindicais", afirma a candidata.
A petista diz ter intenção de obter recursos do FAT (Fundo de
Amparo ao Trabalhador), verba
administrada pelo Ministério do
Trabalho que se destina, entre outras coisas, a financiar cursos de
requalificação.
"A constituição da Comissão
Municipal do Emprego habilitará
o município a obter recursos do
FAT e ação em comum com os
empresários, organizações sindicais e ONGs, favorecendo a implementação do programa", afirma ela.
Cooperativas
O programa de governo de Marta menciona também a formação
de cooperativas de pessoas com
idade superior a 40 anos que não
tenham renda e estejam desempregadas. A prefeitura contrataria
o trabalho dessas cooperativas.
"A prefeitura fará contratos
com as cooperativas, visando o
estímulo à geração de empregos",
diz a proposta petista.
A candidata promete implantar
uma modalidade do programa de
renda mínima específico para essa faixa etária.
O coordenador da área financeira do programa de Marta Suplicy, Amir Khair, que foi secretário das Finanças na gestão petista
de 89 a 92 (governo Erundina),
diz que só será possível conhecer
a real situação das contas públicas
no início de um hipotético mandato da petista.
"Não vamos entrar a 200 por
hora, mas todos os projetos serão
iniciados no primeiro ano", declara.
Para a economista Paula Montagner, da Fundação Seade, é
"muito importante" a prefeitura
investir em requalificação de desempregados.
Mas ela ressalva que, sem a retomada do crescimento econômico
no país (no que a prefeitura pode
influir pouco), vagas para maiores de 40 anos não serão criadas
em quantidade suficiente para
amenizar o problema.
(FZ)
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