São Paulo, segunda-feira, 25 de setembro de 2000

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

OUTRO LADO

PT diz que analisará situação

DA REPORTAGEM LOCAL

A candidata do PT à prefeitura, Marta Suplicy, afirma que antes de conhecer a situação financeira da administração não pode definir as metas para seus projetos sociais, incluindo o "Começar de Novo".
"Nosso compromisso é o de implantar e aplicar o nosso programa de governo ao longo dos quatro anos de mandato. Para a definição das metas do primeiro ano de gestão, precisamos, antes de mais nada, conhecer a proposta orçamentária da prefeitura, que somente se tornará pública a partir do dia 30 de setembro", afirmou, em resposta por escrito a perguntas enviadas previamente pela Folha.
Marta afirma que iniciará o programa já no primeiro ano de seu eventual mandato.
"No Programa Começar de Novo, além de parcerias com empresários, vamos buscar acordo com centrais sindicais", afirma a candidata.
A petista diz ter intenção de obter recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), verba administrada pelo Ministério do Trabalho que se destina, entre outras coisas, a financiar cursos de requalificação.
"A constituição da Comissão Municipal do Emprego habilitará o município a obter recursos do FAT e ação em comum com os empresários, organizações sindicais e ONGs, favorecendo a implementação do programa", afirma ela.

Cooperativas
O programa de governo de Marta menciona também a formação de cooperativas de pessoas com idade superior a 40 anos que não tenham renda e estejam desempregadas. A prefeitura contrataria o trabalho dessas cooperativas.
"A prefeitura fará contratos com as cooperativas, visando o estímulo à geração de empregos", diz a proposta petista.
A candidata promete implantar uma modalidade do programa de renda mínima específico para essa faixa etária.
O coordenador da área financeira do programa de Marta Suplicy, Amir Khair, que foi secretário das Finanças na gestão petista de 89 a 92 (governo Erundina), diz que só será possível conhecer a real situação das contas públicas no início de um hipotético mandato da petista.
"Não vamos entrar a 200 por hora, mas todos os projetos serão iniciados no primeiro ano", declara.
Para a economista Paula Montagner, da Fundação Seade, é "muito importante" a prefeitura investir em requalificação de desempregados.
Mas ela ressalva que, sem a retomada do crescimento econômico no país (no que a prefeitura pode influir pouco), vagas para maiores de 40 anos não serão criadas em quantidade suficiente para amenizar o problema.
(FZ)

Texto Anterior: ELEIÇÕES 2000
São Paulo: Projeto de Marta omite fonte de receita

Próximo Texto: Alckmin ignorou indícios de fraude
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.