São Paulo, terça-feira, 25 de setembro de 2001

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Senador não deve votar na sessão

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ex-presidente do Senado Jader Barbalho (PMDB-PA) não pretende votar na sessão da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) que decidirá se ele deve ser ouvido pelo Conselho de Ética antes da instauração do processo contra ele por quebra de decoro.
Jader foi indicado para a CCJ no lugar de Pedro Ubirajara (MS), que deixou o Senado após a volta de Ramez Tebet (PMDB-MS) -novo presidente da Casa. A indicação foi do líder da bancada do PMDB, Renan Calheiros (AL).
Jader se disse "indignado" com as reações que sua indicação provocou: antes de ser eleito presidente do Senado, o peemedebista era integrante da CCJ.
"Em que mundo nós vivemos? Quer dizer que agora eu não posso nem participar das comissões técnicas?", perguntou.
Jader vai se declarar impedido para votar o requerimento para que seja ouvido no conselho antes de o processo ser encaminhado à Mesa. Ele é parte interessada.
O peemedebista atribui a uma perseguição do PFL o "cerceamento" de sua defesa. No caso dos ex-senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda (sem partido, ex-PSDB-DF), a votação só ocorreu após ambos, além de testemunhas, terem sido ouvidos.
Aprovado no conselho, o relatório é enviado à Mesa, que decide se deve ou não ser aberto processo. Se não quiser arriscar-se a perder os direitos políticos por oito anos, Jader deve renunciar ao mandato antes de o processo ser remetido de volta ao conselho.


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