São Paulo, quarta-feira, 25 de setembro de 2002

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Dez pessoas e 35 empresas têm bens bloqueados

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

A Justiça Federal de Santarém (PA) determinou anteontem a indisponibilidade dos bens de dez empresas e de 35 pessoas acusados de envolvimento no desvio de R$ 31,3 milhões da Sudam na região de Altamira (PA). A decisão atendeu a nove das 12 ações civis públicas ajuizadas na Justiça pelo Ministério Público Federal, em junho passado.
Segundo o procurador da República Felício Pontes Júnior, o pedido visa garantir o ressarcimento da União, caso a Justiça condene os envolvidos a devolver os recursos desviados.
Após um ano de investigação foram denunciados no Pará pelo Ministério Público os projetos Frango Modelo, Beira Mata, Vitória Régia, Pedra Roxa, WR, Uruará, Agropalmi, Sabisa, Vemag, Natupalmi, Propanorte e Propamar.
Dos 12 projetos, a contadora Maria Auxiliadora Martins aparece como envolvida em 11. Ela também teve os bens indisponíveis. Auxiliadora não foi localizada ontem para comentar as acusações. A contadora é acusada de intermediar projetos para fraudar a Sudam. Ela foi a contadora do ranário da mulher de Jader Barbalho, Márcia Centeno, investigado pelo desvio de R$ 9,6 milhões.
As fraudes envolvem ainda empresários e políticos da região, diz a acusação, como o ex-vice-prefeito de Altamira José Soares Sobrinho e o empresário Danny Gutzeit. Eles também não foram localizados.
As investigações foram feitas em conjunto pela Receita Federal, Policia Federal e pelo Ministério Público Federal. Os envolvidos foram denunciados por estelionato, falsidade ideológica, uso de documentos falsos, formação de quadrilha e crimes praticados contra o sistema financeiro. (MS)



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