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Dez pessoas e 35 empresas têm bens bloqueados
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
A Justiça Federal de Santarém (PA) determinou anteontem a indisponibilidade dos
bens de dez empresas e de 35
pessoas acusados de envolvimento no desvio de R$ 31,3 milhões da Sudam na região de
Altamira (PA). A decisão atendeu a nove das 12 ações civis
públicas ajuizadas na Justiça
pelo Ministério Público Federal, em junho passado.
Segundo o procurador da República Felício Pontes Júnior, o
pedido visa garantir o ressarcimento da União, caso a Justiça
condene os envolvidos a devolver os recursos desviados.
Após um ano de investigação
foram denunciados no Pará
pelo Ministério Público os projetos Frango Modelo, Beira
Mata, Vitória Régia, Pedra Roxa, WR, Uruará, Agropalmi,
Sabisa, Vemag, Natupalmi,
Propanorte e Propamar.
Dos 12 projetos, a contadora
Maria Auxiliadora Martins
aparece como envolvida em 11.
Ela também teve os bens indisponíveis. Auxiliadora não foi
localizada ontem para comentar as acusações. A contadora é
acusada de intermediar projetos para fraudar a Sudam. Ela
foi a contadora do ranário da
mulher de Jader Barbalho,
Márcia Centeno, investigado
pelo desvio de R$ 9,6 milhões.
As fraudes envolvem ainda
empresários e políticos da região, diz a acusação, como o ex-vice-prefeito de Altamira José
Soares Sobrinho e o empresário Danny Gutzeit. Eles também não foram localizados.
As investigações foram feitas
em conjunto pela Receita Federal, Policia Federal e pelo Ministério Público Federal. Os envolvidos foram denunciados
por estelionato, falsidade ideológica, uso de documentos falsos, formação de quadrilha e
crimes praticados contra o sistema financeiro.
(MS)
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